Edição de 07 de abril de 2013


                                                             Tempo

                                                

Amigos, por que não Tom Jobim + Led Zeppelin?




Tangerine

Measuring a summer's day
I only finds it slips so away to grey
The hours, they bring me pain

Tangerine, Tangerine
Living reflection from a dream
I was her love, she was my queen
And now a thousand years between

Thinking how it used to be
Does she still remember times like these?
To think of us again and I do

Tangerine, Tangerine
Living reflection from a dream
I was her love, she was my queen
And now a thousand years between







Cacete, há quanto tempo! Recebi sua mensagem no meio de uma reunião. O celular estava sobre a mesa e, num intervalo, fui conferir meus e-mails e lá estava o seu. Também estou com saudade, rapá. Confesso que quando vi que sua mensagem era grande guardei para ler em casa com calma, muita calma.

Muita emoção. Lógico que, como aconteceu contigo, meus olhos arderam em determinados momentos de sua narrativa. Nos anos 80 soube que você havia mudado para o interior e sempre planejei visitá-lo, o que deverá ocorrer em breve. Com certeza. Estive em Manaus, mas não deu tempo de procurá-lo.

Como está a Linda? E seus filhos? Você falou por alto deles e mergulhou fundo em nossas memórias. Compadre meu (na verdade a música é Cumpadre meu, com U), como esquecer daquele trio musical que você armou nos anos 70, tocando Sá, Rodrix e Guarabira, misturados com Crosby, Stills, Nash & Young?

O dia em que fomos de carona para Friburgo e paramos em Boca do Mato, em Cachoeiras de Macacu, foi antológico. Paramos, arranjamos alguma coisa para comer e vocês fizeram um pequeno show para os locais da área. Lembro que, lá pelas tantas, dispararam “Cigarro de Palha”, de Sá, Rodrix & Guarabira, música com menos de um minuto que foi gravada na serra de Friburgo. Lembra da letra?

“só meu cigarro de palha
meu cavalo alazão me dão
um momento de paz na vida”

Vamos ouvir:




A gente só buscava paz naqueles tórridos, carentes e algozes anos de adolescência e ditadura. “Cigarro de Palha” saiu no disco “Passado, Presente e Futuro”, de 1971, que compramos em sociedade com Renatinho Tubarão e Canhão. Lembro bem. O disco ficava dois dias na casa de cada um e, recentemente, encontrando com Guarabira contei essa história e ele se emocionou. Gente muito boa. Ficou fascinado quando eu disse que cantamos “Cigarro de Palha” perto de onde eles gravaram a música.

Quer saber, Compadre meu, Guarabira ficou até mudo, como se de repente suas memórias o tivessem arrastado dali e fossem pousar lá no pé da serra, onde nós buscamos paz, um pouco pelo menos. Mesmo com as sucessivas gerais que a polícia nos dava, usando como “argumento” o fato de sermos cabeludos, magérrimos e “certamente maconheiros”, guardo uma boa lembrança daqueles tempos de estrada, violões, poeira, cabeleira. E o fato de não gostarmos de maconha.

Concordo com você que hoje tudo parece nublado, “numb”, meio brocha perto do que fizemos. Mas acabei me atracando com uma corrente filosófica que afirma, com todas as letras, que o passado fora do presente é imbatível. Em algum momento o passado já foi presente e naquele presente curtíamos outro passado, que também já foi presente. Ou seja, a mensagem que você me mandou e essa que escrevo, estão no presente mas no futuro ambas soarão nostálgicas. Sim, meu chapa, ando reflexivo. Reli “Verdade Tropical”, livraço que Caetano Veloso lançou em 1997. Esse livro tem a capacidade de visitar nossos sótãos e porões.

É isso aí. Depois escrevo mais. Grande abraço.





Water of Love
                                    























Texto restaurado.
  
Mont Serrat, ilha-berçário de "Water of Love", que era regida por George Martin.

Virou cinzas com o rugir dos furacões. Ficaram pergaminhos dos anos 80, escritos pelo Police, Dire Straits e até The Clash.

Ouço "Water of Love" sem parar, tarando

Eu taro

Tu taras

Ela tara

Desço os Jardins, São Paulo capital, domingo de sol. Crianças, bola de futebol, "Water of Love" numa loja de discos.

Ibirapuera. Ponho a pipa no alto, tiro a camisa, cheiro de churrasco. Chafarizes despejam "Water of Love" para cima.Vejo rostos. Na pipa.
Ho Chi Mihn, Mao Tsé Tung, Demi Moore. Flutuam. Lúcidos. Lúdicos. Crianças olhando, bocas arreganhadas.

Chamam pipa de papagaio e meu suor de suor. Frustro, mas canto o refrão "yes, I need a little water of love".

Subo a Rua Augusta a três quilômetros por hora.

Itaim Bibi escrito no trolley bus, que se arrasta ao som do rádio.Ouço "Water of Love", camisa encharcada, carrapicho nas botas.

São Paulo, meu repouso. São Paulo, meu sossego. Hélices não param de bater. A máquina de sucos, helicópteros que toureiam antenas parabólicas.

Um Boeing passa rasante. Arrasta meus sonhos para Niterói, Estado do Rio. 

Sonhos dos anos 80 que vivi intensamente.

Sonhos dos anos 70 que senti como agradável tormento.

Mas estou de caso cheio. Saco cheio. Saco cheio. Beija minha boca, São Paulo. 

Ouça meus gritos, São Paulo. Não desabe sobre mim, São Paulo. Me deixe desabar em você, São Paulo.

Hoje eu não quero só sonhar.

Quero me perder nesta canção, "Water of Love".

Como Caetano se perdeu em "Terra", na vertigem do cinema.

Posso me deixar levar por São Paulo porque hoje é domingo de sol.

O trolley bus me larga num lugar que nunca vi.

Urbano relativo, algo entre Filadélfia, Arembepe, Camaçari.

Arempebe hippie, de Zé Celso, Glauber, Gil e Caetano está num banco de praça.

Bancos de praça são bancos de memória.

Quem não lembra dos bancos da Urca seduzida há milênios pelo Pão de Açúcar?

O banco da praça me conta que o bom de partir é o desejo de voltar.
Arnaldo Dias Baptista, Rita Lee, Titãs, Rigardo Giesta, Antonio Quintella.

"Water of Love" e seu poder de mixar o tempo.

Nunca mais haverá anos 60 porque jamais ousaremos tanto, de novo. Não há nada de novo no novo.

As vitrines da avenida estão cheias de Ferraris, Porsches e até Buicks.

Buicks como os que Nabokov usava para caçar borboletas, que viraram Lolita.

Bugattis como o de Rubens Gerchman, que explode na parede de algum lugar em Ipanema.

São Paulo seduz aos domingos. Seduz e induz a "Water of Love", a minha canção.

Canção que não fiz. Arranquei do coração de Mark Knopfler e implantei no meu. Zerbini.

Num inverno qualquer, anos 80, Saquarema, surfboard, pôr-do-sol laranja e azul.

Será que alguém já perambulou numa metrópole vazia ouvindo "Water of Love"?

Já. O dono da voz, Mark Knopfler, rodou pelo West Side pensando em "Water of Love" para filmar "Going Home". New York City.

Queria me perder mais. Tatuapé, Bexiga, Avenida Paulista.

Mas os táxis não deixam ninguém se perder numa grande metrópole.

Pergunto: o que é isso que escrevo?

"Um texto de outono", responde alguém lá de dentro.

"Yes, I need a little water of love."

E se ninguém entender?

Mas o outono não foi feito para se entender.

Nasceu para ser vivido, celebrado, comido.

Comido como manga-rosa, voraz e salobra como as conas.

So, I´m content.

O CD player de bolso tocava "Water of Love" quando o atirei no mar de Margarita.

Margartina, Paralamas, sinto saudade de Herbert Vianna quando vejo uma 
estrela do mar.

Herbert, Bi e Barone me arrancaram lágrimas secas num documentário de TV.
HBO, você viu? Tem tempo.

O mar de Margarita ouve "Water of Love", Dire Straits.

E eu me sinto descendo aquelas águas mornas, des-harmônicas.

Como o violão e a percussão existencial da canção que não quer calar.

"Yes, I need a little water of love."

Queria ser poeta, não consigo. Poesia é perigo.

Poesia não dá abrigo a aventureiros e indolentes.

Como eu, industrial de textos enta-latados.

Como os que Herbert e Knopfler não escrevem.

Pode vaiar, leitor, pode vaiar porque eu ligo e sofro.

Sofro como espectador da última cena de "Jules & Jim". Truffaut.

Truffaut que nada nos acordes de "Water of Love", longe da noite americana.

América Latina que seduziu Herbert e Sting, o tal do casamento secreto.

"Nada como o sol", gritou Sting em Margarita, 1986.

E o CD player no fundo dos olhos verdes de Margarita insiste em tocar.

"Water of Love" para as sereias de Netuno, para as filhas de Iemanjá.

Tudo ao mesmo tempo agora, Titãs, elétrico, cáustico. Morte ao acústico!

Ouço o mar sugando os poros da areia, no gozo eterno do entardecer.

São assim os textos de outono, descalços, incoerentes, "Water of Love", livres.

Livres como os anjos, centenas, sentados à nossa volta, fogueira acesa, aurora boreal.

Merecemos a paz antiga e remota das auroras boreais que "Water of Love" evoca.

Evoco anjos indígenas, evoco anjos ocidentais, evoco as Três Marias e o Cruzeiro. Inevitável o banho de orvalho, olhos marejados, tudo aquilo que "Water of Love" seduz.

Ouço todos os mares, como se editados em estúdio digital.

E eles estão aqui, atraídos pelo poder intuitivo de "Water of Love".

Vejo o medo sentado, só, numa pedra distante.

Vejo o medo do medo caído na arrebentação, pedindo punição.

Vejo o medo do medo do medo...ora, "Water of Love" anistia todos os medos.

A coragem é filha do amor sublime e supremo. A coragem é filha da música.

Um satélite corta o orvalho da noite, beira-mar.

Peço que ele arraste "Water of Love" e jogue no ar para o mundo ouvir.

Oiapoque ao Chuí, via Quênia, Angra, Saquarema, Niterói.

O anjo de alumínio nos diz que "Water of Love" já banha o mundo. Internet.

 "Ser feliz, o melhor lugar é ser feliz", Caetano.

Caetano zeloso em espalhar "Water of Love" como água benta.

Bonfim, Senhor do Bonfim, como é bom beijar suas mãos.

Ao som de "Water of Love", a canção que reelegi como minha, anos depois.
Agora.







Laura, Beth and Me



1
Chicago, Illinois, EUA – Sou Charles. Anjo 45. Vivo num vácuo inacessível. Equívocos existenciais fomentados pelos algozes da culpa. Vivo encapsulado em meu inconsciente torpe. Temo a rua, temo a lua, temo o sol. Escravo da culpa, eu sou. Por isso temo. Tudo.
Crime: amei. Amei como nenhum outro neste Ocidente. Preconceito e perversão. Amei e fui amado por Laura e Beth. Há tempos já passei dos 50, e quando Laura e Beth chegaram dei por encerrado meu poema cáustico. Vida, peça dramática, dura, desolada. Quando desci de Chicago para Los Angeles em boléias de caminhão, tentando reviver o que Jack Kerouac despejou em seu “On The Road”, percebi mais uma fraude. Eu não estava fazendo uma viagem minha. A dele, sim. Vivi vidas alheias, emoções de segunda, terceira mãos. Fraude, restos, migalhas afetivas.
2
Laura, Beth and Me. Homenagem a Neil and Jack and Me. Quem leu Jack Kerouac (“On The Road”) sabe o que digo. Quem ouve “Beat” do King Crimson, entende. E desentende.
3
Havia um lar. Laura e Beth. Poemas disponíveis em minhas veias fechadas pela incompetência crônica dos vadios. A elas dediquei todas as flores e o sereno que bebi em Friburgo, avenida Paulista, Bairro Peixoto. Me atirei no abismo. Morno, confortável. Como homem, marido, amante, servo e algoz. Laura e Beth abriram minhas janelas. Todas. World for Windows. Emperradas pela “descoragem”, burocracia do medo. Medo de amar.
4
Néctar. Gritos, gozo, marcas nas nucas, nas costas. De Laura, Beth and Me. Fogos. A vera. Laura tossia à noite. Beth maltrada pela coluna. Eu afogado na culpa. Laura e Beth me velavam, durante horas, horas, horas.
5
Chute na porta. “Deitado no chão, vagabundo! Eu sou a sua morte!”. O medo chegou. Acordei com a cabeça pesada, culpando a garrafa de rum Varadero que bebemos na noite anterior. Impossível. Sempre tomávamos rum Varadero nas noites anteriores. Mas é mais fácil culpar uma garrafa de rum. Presídios estão cheios porque as garrafas estão vazias? Só rindo.
6
Seis da manhã. Cozinha, café forte. Xícara. Janela. A culpa presidia um macabro Tribunal montado na praça em frente. Meu Vesúvio explodiu. Críticas, regras, posturas. Me vi réu. Sentado. Mãos frias, cabeça baixa, raspada. Réu por ser livre, réu por amar, réu por ser amado, réu por ser bígamo, réu por não pensar, reú, réu, réu. Promotores, promotores, promotores. Não advogados para quem se condena.
7
Sem acordar Laura e Beth fiz as malas e parti. Sem bilhete. Sem as flores. Nada. O Nada saia sem deixar nada. Nem um verso. Um beijo. História de amor sangrada em blues de abandono, covardia. Como se Neal and Jack tivessem mesmo optado por Denver, Colorado em “On The Road”. Parti. Zonzo? Sonso? Parti. Sem olhar para trás. Vergonha da coragem, visivelmente desolada, balançando a cabeça. Hoje leio sobre a liberdade na internet. Compulsivamente. Laura e Beth. Bocas mornas. Úmidas. Guardiãs do hedonismo radical. Amor, amor, amor.
8
Desejo. Seis da manhã. Cidade estranha essa onde vivo há 15 anos. Cidade encravada num país sinistro, desgovernado por uma versão country de Hitler. Nunca fui, mas por causa dele odeio Nashville. Na cidade onde vivo nem rum Varadero existe.
Como decretou o figurino, AI-5 social, casei. “É de bom tom”, sentenciou o Tribunal. Me divorciei. “A vida é assim mesmo”, martelou o Tribunal. Depois, a coragem me visitou. Conversamos três dias, três noites. Woodstock. Foi quando fiz três filhos, que não gostaria que fossem de Laura, Beth and Me. Mas, gosto que sejam de quem são.
9
Janela. Cidade escura. Neve. Carros lutando. Ela acaricia minha nuca, me abraça por trás. Mãe de meus filhos. “Os fantasmas te acordaram, mon cher?”. Ela lê meus neurotransmissores como sertralina. E o seu cheiro me faz bem. Exodus, Serenata, Razapina. É francesa, do sul. Nice. Jamais me deixou dormir só. Mesmo sob a mais dura nevasca emocional. Ela resume Laura, Beth, and Me. Tem mais essência, mais coragem, mais abrigo do que abismo. Pede que eu conte a história. Mais uma vez. Eu conto. Reconto. Ela beija. Beija e diz “não foi desvio, mon cher. Foi vida. E já passou”. Eu digo “ te amo, garota”. Parece que ela chora. Parece que de alegria.
10
Não quero rever Laura e Beth. Dor, mágoa. Devem estar lendo esse disparo, emocionado, puro e estéril como são os pedidos de desculpas. Como o sêmen que inundou a nossa cama e o sopro de óleo diesel que o vento traz da avenida principal. Laura e Beth, perdão por me sentir feliz. “Seu sorriso me faz cambalear/ Seu beijo me faz bandido / Seu amor é como heroína/ Vicia e amadurece / Não pretendo parecer ridículo / Mas é como se um pouco fosse o bastante”. (Pete Townshend em “A Little is Enough”) .



Visita a Memória





Acho que já comentei o assunto por aqui. Amigos tem uma casa num lugar muito especial. Com frequência me convidam para passar o fim de semana com eles lá. Até penso em ir, mas na hora H freio. Por que?

Porque no passado, ao longo de quase 10 anos, vivi momentos intensamente felizes nesse lugar, que acabou ocupando uma galeria nobre do meu, digamos, “museu existencial”. Alguém disse ou escreveu que não é recomendável voltarmos a lugares onde fomos muito felizes porque são grandes as possibilidades de frustração/decepção.com.br.

Como isso já aconteceu comigo em relação a uma cidade do sul do Estado do Rio, prefiro manter o lugar onde os amigos tem casa preservado. Agora, na Semana Santa, me convidaram mais uma vez e eu já não sei mais que dizer para justificar minhas negativas, agravadas pelo fato de ter encontrado na rua com uma pessoa que fez parte do tal passado feliz e que se mostrou seca, afetivamente anêmica e levemente rancorosa com a vida.

Estou fora. O lugar virou santuário. Pelo menos para mim.


A Travessia de Cassandra



                                                           1

O título deste artigo é meramente ilustrativo. Uma homenagem inconsciente ao filmaço de 1976. Ficção sobre os terroristas que espalham explosivos nos vagões de um trem de luxo. Cassandra é a ponte por onde o trem vai (?) passar.
                                                 2

Mal dimensionada, projetada sob o signo da burrice ampla, geral e irrestrita pelos golden boys da ditadura, a ponte Rio-Niterói está prestes a explodir. Não por causa de bombas ou similares. Os congestionamentos, cada vez mais monumentais, vão acabar provocando uma explosão no trânsito.
Claro que a ponte deveria ter sido projetada com trens passando por baixo. É lógico que a tal linha 4 do metrô, ligando o Rio a São Gonçalo, já deveria estar funcionando, assim como linhas de barcas interligando muitos bairros da Região Metropolitana, mas, os governos preferem mamar. E tome chupeta,                            tome chupeta.
                                                  3                                        
         
Acabei de revisar o restante da coluna aí embaixo e está tudo OK. Nenhum tema defasado, programação em dia, enfim, deleitem-se caros leitores. Quanto aos comentários, o espaço fica depois da última nota intitulada “Amazon lança Kindle PaperWhite com tela touch no Brasil”. Sua opinião é mais do que bem-vinda. É necessária.
                 
                                                  4

Por causa de Cassandra, a nossa ponte, aliada as barcas (que são do mesmo dono !.!.!.!), a vida cultural de Niterói minguou como bola Perereca furada. Alguém ainda lembra da bola Perecera, que acabou proibida?
                         
                                                  5

Ir a um simples cinema virou tarefa hercúlea para quem mora em Niterói. Quem pensa em ir de carro para pegar uma sessão a noite (em qualquer dia da semana) tem que lembrar que (des) graças as obras do Porto Maravilha um novo congestionamento nasceu no sentido Rio. A partir de 3 e meia, 4 horas da tarde, começa o para e anda na altura do curvão da ponte. Barbárie que se estende noite a dentro. Ou seja, quem vai de carro não chega no cinema na hora.
                                                  6

Aí o niteroiense decide ir de barca. Simples, não é? Supondo que ele more na Zona Sul da cidade, gasta 15 reais de táxi até a Praça Araribóia, no Centro, onde paga mais R$ 4,80 (preço da barca a partir de terça, dia 2) e na Praça 15 pega um táxi até um cinema na Zona Sul. OK, mais 20 reais.
  
                                                  7

O Cinemark de Botafogo custa R$ 19,00 e, até agora, o incauto niteroiense já desembolsou R$ 58,80, sem pipoca, água, café ou refrigerante.

                                                  8

Alguns leitores devem estar se perguntando porque o infeliz foi ao cinema no Rio. Porque em Niterói só há salas em dois moquifos chamados de shopping, onde estacionar é um suplício e ir a pé é pior ainda pois, para forçar o cidadão a consumir, a trilha da entrada até os cinemas é mais longa que Cassandra, a ponte homenageada por esse artigo. Além disso, a programação dos cinemas é lamentável e, volta e meia um único filme, ruim, fica em cartaz em cinco salas.

                                                  9

Ledo engano daqueles que pensam que, 60 reais depois, o niteroienses terá resolvido seu problema ao chegar ao cinema. Ele tem que ficar muito atento porque a lei do cão informa que só há barcas até meia noite. Ou seja, se o sujeito vacilar e pegar um filme longo, terá que se submeter a uma lata de banha que chamam de ônibus que faz a ligação Praça 15 – Praça Araribóia a mais de 120 por hora em cima de Cassandra, a ponte.

                                                10

Alguém e diz que existem ônibus ligando o Rio a Niterói. Sim, existem, mas somem as 11 e meia da noite. Há opção do táxi? Há. De Botafogo a Icarai paga-se 60 reais em média mais a ILEGAL taxa de retorno de 40% que os taxistas cobram surfando as ondas da impunidade. Ou seja, quem quiser sentar num bar depois do cinema, vai morrer numa grana extra.
      
                                                11

Ilhado, só me resta apelar para Tomas Portella, L.G. Bayão, Renata de Almeida Magalhães, Sergio Sá Leitão e outros profissionais ligados ao cinema para que façam uma campanha envolvendo empresários. Invistam em salas aqui em Niterói!!!! Afinal, a primeira faculdade de cinema do pais nasceu aqui, em 1969, criada por Nelson Pereira dos Santos. Mais: o Cine Art UFF, em obras há quase quatro anos, foi o primeiro cinema digamos “cult” da Região Metropolitana. Em suma, Niterói merece mais cinemas porque a quantidade de locadoras de DVDs e Blu Ray indica que ainda é uma cidade de cinéfilos.
                                   

                                          

                                             
Música

Vazio, mau gosto e baixaria na música brasileira


Andei pesquisando. Pesquisando muito, por sinal. Em nenhum momento de sua história a música brasileira esteve tão vazia e chula como agora. Impressionante!

Com muitos talentos sendo jogados no acostamento, obrigados a disputar espaços alternativos, a boçalidade impera no mercadão de uma maneira geral. De sertanejo universitário a pagode de shopping, nem para adubar a terra a chamada “nova” musica popular brasileira presta.

Visitei os últimas anos de produção brasileira, reli “Verdade Tropical”, livro-documento sobre a nossa cultura. Encontrei samba, bolero, samba-canção, bossa nova, pilantragem, iê iê iê, rock, blues, tropicália, enfim, em todos os últimos anos havia sempre uma boa vertente para o consumo. Hoje, é terra arrasada.

Como o mercado é ditado pelo consumo, isso assusta. Assusta, por exemplo, ver um DVD de bossa nova a R$ 9,90 nas lojas Americanas e os da molambada a 50 reais. É dose.

O linchamento de Wilson Simonal

Como minha cidade (Niterói) está praticamente sem cinemas, acabei pegando numa locadora o documentário “Ninguém Sabe o Duro que Dei”, filme de Claudio Manoel, lançado em 2009, sobre a vida de Wilson Simonal. Não consegui assistir na época do lançamento.

As informações sobre o “caso Simonal" mereciam uma versão final e creio que diante de um filme deste (altíssimo) nível acabei entendendo passo a passo o linchamento a que Simonal foi submetido, quando foi acusado de dedo-duro em 1971, auge da ditadura militar.

Todos os entrevistados (Nelson Motta, Chico Anísio, Sergio Cabral pai, Ziraldo, Jaguar, entre muitos outros) inocentaram Simonal. Ele teria mandado um amigo, agente do Dops, torturar seu contador acusado de roubo. Em troca, o cantor teria dedurado vários artistas de participavam de movimentos libertadores vistos como subversivos pela ditadura.

Nelson Motta disse que foi tudo um um absurdo e Chico Anísio foi mais longe: “Se houvesse delação pelo menos um delatado teria vindo a público confirmar. Ninguém apareceu até hoje”.

O contador também deu entrevista e disse que foi levado a uma dependência do Dops para confessar um roubo que não aconteceu. Afirmou que foi torturado e no final assinou a confissão. Mas, em nenhum momento ele falou em deduragem.

Simonal acabou banido do mercado onde reinou (chegou a comandar multidões de 30 mil pessoas em festivais no Maracanãzinho) como o ”rei da pilantragem” e morreu no ostracismo no ano 2000. Comoventes os depoimentos dos filhos Max de Castro e Wilson Simoninha

O fato de ser negro, assumidamente metido e rico mexeu com muita gente. Pagou uma conta muito alta e absurda já que, como sabemos, o crime de deduragem é inafiançável desde Judas. Um crime que, segundo todos os entrevistados, Simonal não cometeu, mas que parte da imprensa da época disse que sim e o condenou.

Verdades e fofocas sobre Janis Joplin no Brasil


Janis Joplin estaria com 70 anos. Nasceu em 19 de janeiro de 1943. Nas fotos ela aparece nas praias da Macumba e Copacabana.

Fato: Janis Joplin passou o carnaval de 1970 no Rio por uma única razão: não havia heroína no Brasil e ela queria largar o vício. Em 4 de outubro daquele ano, oito meses depois, foi encontrada morta num hotel em Hollywood, California. Overdose de heroína.

Boato: ela não esteve na Bahia e nem foi presa por andar nua em Salvador.

Fato: ela foi expulsa do Copacabana Palace por nadar nua na piscina.

Boato: não chegou a ser presa no Rio.

Fato: conheceu um fotógrafo brasileiro e ambos passaram dias e noites no apartamento dele bebendo uma média de dois litros e meio de Fogo Paulista por dia + anfetaminas + LSD + maconha.

Boato: ela não levou tombo de moto com Serguei.

Fato: Janis cantou, sim, em boates de quinta categoria em Copacabana para plateias que jamais a tinham visto.

Boato: na época ela era relativamente desconhecida no Brasil.

Fato: Janis era totalmente desconhecida por aqui. Só os rockers mais atentos tinham seus discos.

Curta Janis:


Por falar em fato e boato

Um dia desses li num jornal de atrocidades existenciais que Caetano Veloso foi ao festival de Woodstock, em 1969. Mentira. Ele e Gil teriam ido ao festival da ilha de Wight, em 1970, onde essa foto teria sido feita.

Não conheço um só brasileiro que tenha estado em Woodstock. Se o leitor souber de alguém, por favor me avise. Quero entrevistar.

Este ano na Ilha

O festival acontece todos os anos na Ilha de Wight. Neste 2013 vai acontecer de 13 a 16 de junho. Aos leitores que quiserem ir, boa notícia: há ingressos disponíveis. Informações em http://www.isleofwightfestival.com

Entre outros, vão tocar Paul Weller (foto), Ian Hunter, Steve Harley e Happy Mondays. 

Ao vivo em São Paulo: Caetano, Ziggy Marley, Peter Cetera, Burt Bacharach, Milton e Yes 

O HSBC está com uma excelente programação em São Paulo:
Caetano Veloso, de 11 a 13 de abril as 22 horas; Ziggy Marley, 14 de abril as 20 horas; Peter Cetera (fundador do Chicago), 19 de abril as 22 horas; Burt Bacharach (foto), 20 de abril as 22 horas; Milton Nascimento, 26 de abril as 22 horas. Yes, 24 de maio as 22 horas (esgotado). Show extra dia 23;
Reservas e mais informações: http://www.hsbcbrasil.com.br

Curta o Yes:



Londres terá loja especializada em Jimi Hendrix

Uma loja temática (é lógico) dedicada totalmente a Jimi Hendrix irá abrir no Soho, Londres, em abril. A loja, que se situa no número 8 da Ganton Street, é um eco do lançamento do mais novo álbum póstumo de Jimi, “People, Hell and Angels”, o álbum mais bem-sucedido do guitarrista nas paradas dos EUA desde 1969.

Na loja, cujo o nome o site Whiplash teve a gentileza de não publicar, o disco estará disponível junto com todo o catálogo de Hendrix em CD e vinil, incluindo itens nunca antes lançados no Reino Unido. Mais: edições raras, roupas, livros com letras e partituras e acessórios para guitarras, além de uma exposição permanente do fotógrafo preferido de Hendrix, Gared Mankowitz.

Por falar em Hendrix


Vale frequentar o site www.jimihendrix.com, mantido por Janie, irmã dele. Vou lá pelo menos duas vezes por semana. Muita coisa boa à venda.

Curta Hendrix:



David Bowie sai do limbo

David Bowie voltou ao topo das paradas de álbuns britânicas pela primeira vez em 20 anos, com uma coleção de novas gravações aclamada pela crítica como o "maior retorno na história do rock'n'roll". Exagero, é lógico.

Segundo a agência Reuters, "The Next Day", gravado em segredo durante dois anos, disparou direto para o número um em sua primeira semana de lançamento, vendendo mais de 94.000 cópias, para se tornar o álbum vendido mais rapidamente de 2013, disse a Official Charts Company.

David Gilmour aposentado?


Não. O mal entendido partiu de uma farpa de Roger Waters ao comentar sobre a impossível volta do Pink Floyd. Ele disse que, entre outros motivos, está o fato de David Gilmour(foto) ter pendurado a guitarra. “Está aposentado, cuidando dos netos”, disse Waters.

Não é verdade. Gilmour está compondo, gravando e tocando por aí. Quanto a volta do Pink Floyd fica cada vez mais impossível.

Curta Gilmour:




Gil apresenta novo disco


Gilberto Gil esteve no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, sexta-feira passada. Tocou os principais sucessos de seus 50 anos de carreira, incluindo a genial “Domingo no Parque” e “Expresso 2222”.

A apresentação faz parte da turnê de divulgação do disco mais recente do cantor baiano, “Concerto de Cordas e Máquinas de Ritmo”, lançado no segundo semestre do ano passado. O trabalho, gravado em show ao vivo, traz também a canção inédita “Eu Descobri”.

Jim Morrisson em novo documentário


Enquanto estiver rendendo grana, o líder do Doors vai continuar sendo bajulado. Segundo a Rolling Stone, “Before the End: Jim Morrison Comes of Age” vai mostrar a vida do músico por completo, desde a infância até a trágica morte, em julho de 1971, aos 27 anos de idade.

De acordo com o site Deadline.com, o documentário terá entrevistas com membros da família de Morrison – que ele, em vida, alegava estarem mortos –, inclusive o irmão Andy Morrison.

O longa, que ainda terá vídeos caseiros ainda inéditos e fotografias, é liderado pela dupla de cineastas Jess e Jeff Finn, da Z-Machine.
Morrison e o The Doors já protagonizaram uma numerosa quantidade de documentários. O mais recente deles é “Mr. Mojo Risin': The Story of L.A. Woman”, um filme lançado em janeiro de 2012 que mergulha no último disco da banda.

E tem muito babaca que acredita que J.M. não morreu e que estaria vivendo num mosteiro na Espanha.

Curta o Doors:





Elton John e Morrissey cancelam shows


Por motivos de saúde, ambos interromperam suas turnês. Morrissey (foto) está com pneumonia. A agência Associated Press não deu detalhes sobre Elton, mas tudo indica que seja estafa.


Ringo Starr voltará ao Brasil em novembro


O ex-Beatle Ringo Starr virá ao Brasil em novembro desse ano, de acordo com Thiago Romariz do site Omelete. O músico tem uma turnê sul-americana confirmada e São Paulo e Rio de Janeiro são seus prováveis destinos por aqui.

Com a sua All-Starr Band, o músico vai percorrer, ainda, a Europa, Japão, Australia e Nova Zelândia, com clássicos de sua carreira e do último disco, “Ringo 2012”.

Curta Ringo:



Trilha de documentário dirigido por Dave Grohl: parceria com estrelas


Dave Grohl é ambicioso. Segundo Gabriel Quintão, do site Vírgula, além de ter tocado no Nirvana e no Queens of The Stone Age, fundado o Foo Fighters e montado o projeto Them Crooked Vultures com John Paul Jones (Led Zeppelin), Grohl montou um time espetacular para a trilha do documentário Sound City, dirigido por ele.

Entre os participantes estão Josh Homme (Queens of The Stone Age), Brad Wilk e Tim Commerford (Rage Against The Machine), Corey Taylor (Slipknot) e Paul McCartney, que gravou a faixa Cut Me Some Slack com Grohl, Krist Novoselic e Pat Smear.


Quinto disco do Strokes é lançado em site


O quinto disco do Strokes, "Comedown machine", foi lançado por meio do site Pitchfork. As onze músicas da banda americana estão disponíveis para audição por streaming. Ouça clicando neste link: http://pitchfork.com/advance/48-comedown-machine

Formado por Julian Casablancas (vocal), Albert Hammond Jr (guitarra), Nick Valensi (guitarra), Nikolai Fraiture (baixo) e Fabrizio Moretti (bateria), o Strokes já lançou os álbuns "Is this it" (2001), "Room on fire" (2003), "First impressions of earth" (2006) e "Angles" (2011).

Cinema

Filme sobre Steve Jobs tem estreia adiada, diz site


"Jobs”, que traz Ashton Kutcher como Steve Jobs, teve sua estreia adiada. O filme sobre o co-fundador da Apple estava marcado para estrear nos Estados Unidos em 19 de abril, data que marca o 37º aniversário da criação da empresa. As informações são do site NME.

A produtora Five Star Films e a distribuidora Open Road acham que não há tempo suficiente para criar uma boa estratégia de marketing para garantir uma a bilheteria ao filme e decidiram adiar a estreia sem marcar uma nova data.

A cinebiografia conta a história de Jobs desde a faculdade ao seu sucesso como um dos maiores empreendedores do século 20.

Vida de Freddie Mercury na telona


O filme sobre a vida de Freddie Mercury, que deve ser estrelado por Sacha Baron Cohen, pode ter direção de Tom Hooper, indicado ao Oscar por “Os Miseráveis”, segundo o site Sala de Notícias.

A trama deve se concentrar na formação do banda Queen, nos anos 70, até o show no Live Aid, em 1985. O vocalista Freddie morreu em 1991 aos 45 anos.

O produtor Graham King já adquiriu os direitos do uso de músicas como “Bohemian Rhapsody”, “We Will Rock You”, “We Are the Champions”, “Another One Bites The Dust” e “You´re My Best Friend”.

Curta o Queen:





Benicio del Toro será o traficante Pablo Escobar em filme rodado no Panamá


O Panamá será o cenário das gravações do filme Paradise Lost, que narra a história de um surfista que se apaixona, em viagem à Colômbia, pela sobrinha do chefe do cartel de Medellín, Pablo Escobar.

O elenco é estrelado por Benicio del Toro - na pele do perigoso narcotraficante - e Josh Hutcherson, que interpretará o protagonista Nick, informou a Agência Efe.

Será? Filme 'Let it be', dos Beatles, deve ser relançado este ano, diz diretor


Michael Lindsay-Hogg, diretor do longa "Let it be", que mostra os bastidores da gravação do disco homônimo e traz a última reunião da banda, revelou em entrevista ao site da revista "Examiner" que o DVD com o filme deverá ser lançado em DVD este ano.

Hogg, que também dirigiu os especiais "The Rolling Stones Rock and Roll Circus" e "Simon and Garfunkel: The Concert in Central Park" (ambos para a TV), contou que a possibilidade de relançamento tomou corpo depois de um encontro casual com Paul McCartney, anos atrás.

"Nos encontramos num avião. Isso foi pouco antes da morte de George. Por razões pessoais, George não atravessava tempos muito felizes durante as filmagens de 'Let it be'. Ele estava prestes a deixar a banda, seguir seu próprio caminho e coisas do tipo. E sabíamos que não haveria relançamento enquanto ele estivesse vivo. Mas temos trabalhado nisso nos últimos anos. E o plano, no momento, é lançá-lo, eu acho, em 2013", disse o cineasta à publicação.

O diretor adiantou ainda como espera que o longa, exibido originalmente nos cinemas em 1970, seja reeditado. "Será um DVD duplo. O primeiro vai trazer o filme original. O segundo terá um documentário com um making of. Quando lançamos 'Let it Be', tive que cortar um monte de coisas. Este disco extra terá muitas dessas imagens".

Livros

Especial: Neil Young – A Autobiografia. Um livro fundamental


Lenda do rock e do folk, criador do Buffalo Springfield, líder da banda Crazy Horse, parceiro de Crosby, Nash e Stills, um dos maiores guitarristas de todos os tempos e um dos músicos mais influentes de sua geração. Ao longo do último meio século, o cantor e compositor canadense Neil Young construiu uma carreira de sólido sucesso nos Estados Unidos e no resto do planeta. O recente lançamento mundial de Neil Young – A autobiografia, no entanto, revela uma personalidade multifacetada – para muito além do que os fãs de sua música poderiam imaginar.

Colecionador de automóveis e especialista em modelismo ferroviário (é dono de uma empresa do ramo), há anos Young investe e trabalha num projeto de carro elétrico. Não qualquer carro, mas o chamado Lincvolt, um gigantesco Lincoln Continental movido a energia renovável e limpa (Young sonha em ser sustentável sem prejuízo para a paixão americana por carrões). O compositor também desenvolve, às próprias custas, a PureTone, alternativa digital à tecnologia dos MP3, capaz de distribuir música online e de proporcionar para o consumidor final um som com qualidade similar à dos discos de vinil.

Young escreveu de próprio punho uma narrativa fragmentada, com o vai e vem aleatório das recordações determinando a ordem em que as histórias são apresentadas. É por meio desses flashes do passado, e por constantes divagações do autor acerca do presente e do futuro, que o leitor toma contato com essa impressionante diversidade de interesses do artista.

Da mesma maneira, episódios marcantes vêm à tona fora de ordem cronológica, exclusivamente ao sabor da inspiração do momento. Os parceiros na música, as grandes amizades, os amores, a paixão pela esposa Pegi e pelos filhos Zeke, Ben e Amber, entre muitos outros temas, vão surgindo conforme avança o fluxo da memória do autor. Como um pungente solo de guitarra de Neil Young, sua autobiografia parece nos envolver e nos transportar para um outro lugar, um outro tempo – o tempo do sonho hippie de paz, amor e rock'n'roll.

Editora – Globo; Páginas – 408; Preço - R$ 35,00  

Curta Neil Young:

"Cypherpunks - Liberdade e o Futuro da Internet" - Julian Assange


É o primeiro livro de Julian Assange, editor chefe e visionário por trás do Wikileaks. O livro é resultado de reflexões de Assange com um grupo de pensadores rebeldes e ativistas que atuam nas linhas de frente da batalha em defesa do ciberespaço (Jacob Appelbaum, Andy Müller-Maguhn e Jérémie Zimmermann).

O livro reflete sobre a vigilância em massa, censura e liberdade, mas o principal tema é o movimento cypherpunk, que faz uso da criptografia como mecanismo de defesa dos indivíduos perante a apropriação e uso bélico da internet pelos governos, Estados e empresas.

Os cypherpunks defendem a utilização da criptografia e métodos similares como meios para provocar mudanças sociais e políticas. O movimento teve início em 1990, atingiu o auge de suas atividades durante as "criptoguerras" e, sobretudo, após a censura da Internet em 2011 na Primavera Árabe. O termo cypherpunk, uma derivação (criptográfica) de cipher (escrita cifrada) e punk, foi incluído no Oxford English Dictionary em 2006.

Editora - Boitempo; Páginas – 200; Preço – R$ 25,00

Cinquenta Tons de Liberdade – James, EL


Quando a ingênua Anastasia Steele conheceu o jovem empresário Christian Grey, teve início um sensual caso de amor que mudou a vida dos dois irrevogavelmente.

Chocada, intrigada e, por fim, repelida pelas estranhas exigências sexuais de Christian, Ana exige um comprometimento mais profundo. Determinado a não perdê-la, ele concorda. Agora, Ana e Christian têm tudo: amor, paixão, intimidade, riqueza e um mundo de possibilidades a sua frente.

Mas Ana sabe que o relacionamento não será fácil, e a vida a dois reserva desafios que nenhum deles seria capaz de imaginar. Ana precisa se ajustar ao mundo de opulência de Grey sem sacrificar sua identidade. E ele precisa aprender a dominar seu impulso controlador e se livrar do que o atormentava no passado. Quando parece que a força dessa união vai vencer qualquer obstáculo, a malícia, o infortúnio e o destino conspiram para transformar os piores medos de Ana em realidade.

Editora – Intrínseca; Páginas – 544; Preço: R$ 30,00

A Caçada - Como os serviços de inteligência americanos encontraram Osama bin Laden - Mark Bowden


Com acesso inédito a fontes-chave, incluindo o presidente Barack Obama e importantes nomes da Casa Branca, da CIA e do Pentágono, o jornalista descreve em detalhes a movimentação dentro das salas onde as decisões foram tomadas, como também elucida pontos cruciais das ações no Paquistão onde a morte do terrorista se desenrolou.

Editora – Objetiva; Páginas – 248; Preço - R$ 33,00

A vida privada de Stálin - Lilly Marcou


Quem consegue imaginar o responsável pela morte de milhões de pessoas e um dos personagens mais emblemáticos e polêmicos do século XX como um homem dedicado à família e que gostava de reunir todos os familiares em almoços no campo?

A autora revela um Stálin de carne e osso, ainda que não menos vulnerável às acusações da posteridade. Por trás do líder carismático que mobilizou nações e surpreendeu pares como Churchill e Roosevelt, um livro que apresenta fatos novos, ilumina aspectos omitidos ou ignorados e esclarece controvérsias, fazendo a ponte entre o rumor e a realidade.

Editora – Zahar; Páginas – 256; Preço – R$ 55,00. 

DVDs

Box - O Vigilante Rodoviário



Um verdadeiro clássico brasileiro, "O Vigilante Rodoviário" foi a primeira série produzida no Brasil seguindo o formato tradicional das séries norte-americanas. Começou a ser apresentada em março de 1961 pela TV Tupi.

Apresentando as aventuras do primeiro grande herói nacional, o  Inspetor Carlos e seu fiel amigo Lobo, um cão pastor alemão. Sempre a bordo de seu carro-patrulha Simca Chambord ou de sua Harley-Davidson eles perseguem infratores lutando contra o crime e a injustiça, não medindo esforços para impor o rigor da lei.

Direção – Ary Fernandes; Distribuição - Spectra Filmes; DVDs – 4; Preço; R$ 60,00 

Xingu


Os irmãos Orlando (Felipe Camargo), Cláudio (João Miguel) e Leonardo Villas Bôas (Caio Blat) resolvem trocar o conforto da vida na cidade grande pela aventura de viver nas matas. Para isso, resolvem se alistar no programa de expansão na região do Brasil central, incentivado pelo governo.

Com enorme poder de persuação e afinidade com os habitantes da floresta, os três se tornam referência nas relações com os povos indígenas, vivenciando incríveis experiências, entre elas a eterna conquista do Parque Nacional do Xingu.

Direção -Cao Hamburguer; Distribuição – Sony Pictures; Preço – R$ 40,00

Supertramp Live in Germany


Último concerto da banda com a formação original que o consagrou no mundo todo. Nesse show Rick Davies e Roger Hodgson ainda dividiam os vocais. Registro histórico.

A banda inicialmente chamava-se Daddy, tendo o nome posteriormente alterado para Supertramp, que ao pé da letra quer dizer "super mendigo", inspirado num livro de W.H. Davies, "The Autobiography of a Super-Tramp".

Elvis - '68 Comeback - Special Edition


Um dos shows mais importantes da carreira de Elvis Presley. Gravado no Honolulu International Center Arena em 14 de Janeiro de 1973, primeiro especial de TV de Elvis Presley, exibido para mais de 40 países e assistido por aproximadamente 1.5 bilhão de pessoas no mundo todo.

O repertório inclui grandes sucessos além de extras com galerias de fotos.

Curta Elvis:



Tecnologia

Amazon lança Kindle PaperWhite com tela touch no Brasil


Mais de três meses depois de lançar sua loja online no Brasil, a Amazon agora pretende ampliar a variedade de seus produtos para atrair mais leitores brasileiros de livros digitais. Segundo o site Código Fonte, já começaram as vendas do Kindle Paperwhite, que tem tela sensível ao toque e alta resolução.  

O e-reader foi lançado nos Estados Unidos em setembro do ano passado.
A Amazon desenvolveu melhorias para o Kindle PaperWhite, como boas resoluções, contraste e iluminação para a tela: de acordo com a companhia, as imagens em preto e branco têm 62% mais pixels que a geração anterior do Kindle. A tecnologia de iluminação também foi aprimorada para evitar o cansaço ocular, são diversas camadas de vidro que compõem a tela e a luz agora vem das laterais para baixo.

iOS 6.1.3 chega com correção para falha de segurança no iPhone


A Apple liberou o update iOS 6.1.3 que corrige uma falha de segurança descoberta há pouco tempo que permitia acessar um iPhone 5 bloqueado, incluindo as seções de contatos e fotos do usuário. A informação é do site Macworld.

Como acontece normalmente, é possível instalar o update por meio da seção Software Update (Atualização de Software) no app Ajustes no seu aparelho iOS. Outra opção é o modo “clássico” por meio do iTunes.





























































Comentários

Postagens mais visitadas