Edição de 07 de abril de 2013
Tempo
Amigos, por que não Tom Jobim + Led Zeppelin?
Tangerine
Cacete, há quanto tempo! Recebi sua mensagem no meio de
uma reunião. O celular estava sobre a mesa e, num intervalo, fui conferir meus
e-mails e lá estava o seu. Também estou com saudade, rapá. Confesso que quando
vi que sua mensagem era grande guardei para ler em casa com calma, muita calma.
Muita emoção. Lógico que, como aconteceu contigo, meus
olhos arderam em determinados momentos de sua narrativa. Nos anos 80 soube que
você havia mudado para o interior e sempre planejei visitá-lo, o que deverá
ocorrer em breve. Com certeza. Estive em Manaus, mas não deu tempo de
procurá-lo.
Como está a Linda? E seus filhos? Você falou por alto
deles e mergulhou fundo em nossas memórias. Compadre meu (na verdade a música é Cumpadre
meu, com U), como esquecer daquele trio musical que você armou nos anos 70,
tocando Sá, Rodrix e Guarabira, misturados com Crosby, Stills, Nash & Young?
O dia em que fomos de carona para Friburgo e paramos em Boca do Mato, em Cachoeiras de Macacu, foi antológico. Paramos, arranjamos alguma coisa para
comer e vocês fizeram um pequeno show para os locais da área. Lembro que, lá pelas
tantas, dispararam “Cigarro de Palha”, de Sá, Rodrix & Guarabira, música
com menos de um minuto que foi gravada na serra de Friburgo. Lembra da letra?
“só
meu cigarro de palha
meu
cavalo alazão me dão
um
momento de paz na vida”
Vamos ouvir:
A gente só buscava paz naqueles tórridos, carentes e
algozes anos de adolescência e ditadura. “Cigarro de Palha” saiu no disco “Passado,
Presente e Futuro”, de 1971, que compramos em sociedade com Renatinho Tubarão e
Canhão. Lembro bem. O disco ficava dois dias na casa de cada um e, recentemente,
encontrando com Guarabira contei essa história e ele se emocionou. Gente muito
boa. Ficou fascinado quando eu disse que cantamos “Cigarro de Palha” perto de
onde eles gravaram a música.
Quer saber, Compadre meu, Guarabira ficou até mudo,
como se de repente suas memórias o tivessem arrastado dali e fossem pousar lá
no pé da serra, onde nós buscamos paz, um pouco pelo menos. Mesmo com as
sucessivas gerais que a polícia nos dava, usando como “argumento” o fato de
sermos cabeludos, magérrimos e “certamente maconheiros”, guardo uma boa lembrança
daqueles tempos de estrada, violões, poeira, cabeleira. E o fato de não gostarmos
de maconha.
Concordo com você que hoje tudo parece nublado, “numb”,
meio brocha perto do que fizemos. Mas acabei me atracando com uma corrente
filosófica que afirma, com todas as letras, que o passado fora do presente é
imbatível. Em algum momento o passado já foi presente e naquele presente curtíamos
outro passado, que também já foi presente. Ou seja, a mensagem que você me
mandou e essa que escrevo, estão no presente mas no futuro ambas soarão
nostálgicas. Sim, meu chapa, ando reflexivo. Reli “Verdade Tropical”, livraço
que Caetano Veloso lançou em 1997. Esse livro tem a capacidade de visitar
nossos sótãos e porões.
É isso aí. Depois escrevo mais. Grande abraço.
Water of Love
Texto restaurado.
Mont
Serrat, ilha-berçário de "Water of Love", que era regida por George
Martin.
Virou
cinzas com o rugir dos furacões. Ficaram pergaminhos dos anos 80, escritos pelo
Police, Dire Straits e até The Clash.
Ouço "Water of
Love" sem parar, tarando.
Eu taro
Eu taro
Tu taras
Ela tara
Desço
os Jardins, São Paulo capital, domingo de sol. Crianças, bola de futebol,
"Water of Love" numa loja de discos.
Ibirapuera.
Ponho a pipa no alto, tiro a camisa, cheiro de churrasco. Chafarizes despejam
"Water of Love" para cima.Vejo rostos. Na pipa.
Ho Chi Mihn, Mao Tsé Tung,
Demi Moore. Flutuam. Lúcidos. Lúdicos. Crianças olhando, bocas
arreganhadas.
Chamam
pipa de papagaio e meu suor de suor. Frustro, mas canto o refrão "yes, I need a little water of
love".
Subo
a Rua Augusta a três quilômetros por hora.
Itaim
Bibi escrito no trolley bus, que se arrasta ao som do rádio.Ouço "Water of
Love", camisa encharcada, carrapicho nas botas.
São
Paulo, meu repouso. São Paulo, meu sossego. Hélices não param de bater. A
máquina de sucos, helicópteros que toureiam antenas parabólicas.
Um
Boeing passa rasante. Arrasta meus sonhos para Niterói, Estado do Rio.
Sonhos
dos anos 80 que vivi intensamente.
Sonhos
dos anos 70 que senti como agradável tormento.
Mas
estou de caso cheio. Saco cheio. Saco cheio. Beija minha boca, São Paulo.
Ouça
meus gritos, São Paulo. Não desabe sobre mim, São Paulo. Me deixe desabar em
você, São Paulo.
Hoje
eu não quero só sonhar.
Quero
me perder nesta canção, "Water of Love".
Como
Caetano se perdeu em "Terra", na vertigem do cinema.
Posso
me deixar levar por São Paulo porque hoje é domingo de sol.
O
trolley bus me larga num lugar que nunca vi.
Urbano
relativo, algo entre Filadélfia, Arembepe, Camaçari.
Arempebe
hippie, de Zé Celso, Glauber, Gil e Caetano está num banco de praça.
Bancos
de praça são bancos de memória.
Quem
não lembra dos bancos da Urca seduzida há milênios pelo Pão de Açúcar?
O
banco da praça me conta que o bom de partir é o desejo de voltar.
Arnaldo
Dias Baptista, Rita Lee, Titãs, Rigardo Giesta, Antonio Quintella.
"Water
of Love" e seu poder de mixar o tempo.
Nunca
mais haverá anos 60 porque jamais ousaremos tanto, de novo. Não há nada de novo
no novo.
As
vitrines da avenida estão cheias de Ferraris, Porsches e até Buicks.
Buicks
como os que Nabokov usava para caçar borboletas, que viraram Lolita.
Bugattis
como o de Rubens Gerchman, que explode na parede de algum lugar em Ipanema.
São
Paulo seduz aos domingos. Seduz e induz a "Water of Love", a minha
canção.
Canção
que não fiz. Arranquei do coração de Mark Knopfler e implantei no meu. Zerbini.
Num
inverno qualquer, anos 80, Saquarema, surfboard, pôr-do-sol laranja e azul.
Será
que alguém já perambulou numa metrópole vazia ouvindo "Water of
Love"?
Já.
O dono da voz, Mark Knopfler, rodou pelo West Side pensando em "Water of
Love" para filmar "Going Home". New York City.
Queria
me perder mais. Tatuapé, Bexiga, Avenida Paulista.
Mas
os táxis não deixam ninguém se perder numa grande metrópole.
Pergunto:
o que é isso que escrevo?
"Um
texto de outono", responde alguém lá de dentro.
"Yes, I need a little
water of love."
E
se ninguém entender?
Mas
o outono não foi feito para se entender.
Nasceu
para ser vivido, celebrado, comido.
Comido
como manga-rosa, voraz e salobra como as conas.
So,
I´m content.
O
CD player de bolso tocava "Water of Love" quando o atirei no mar de
Margarita.
Margartina,
Paralamas, sinto saudade de Herbert Vianna quando vejo uma
estrela do mar.
Herbert,
Bi e Barone me arrancaram lágrimas secas num documentário de TV.
HBO,
você viu? Tem tempo.
O
mar de Margarita ouve "Water of Love", Dire Straits.
E
eu me sinto descendo aquelas águas mornas, des-harmônicas.
Como
o violão e a percussão existencial da canção que não quer calar.
"Yes, I need a little
water of love."
Queria
ser poeta, não consigo. Poesia é perigo.
Poesia
não dá abrigo a aventureiros e indolentes.
Como
eu, industrial de textos enta-latados.
Como
os que Herbert e Knopfler não escrevem.
Pode
vaiar, leitor, pode vaiar porque eu ligo e sofro.
Sofro
como espectador da última cena de "Jules & Jim". Truffaut.
Truffaut
que nada nos acordes de "Water of Love", longe da noite americana.
América
Latina que seduziu Herbert e Sting, o tal do casamento secreto.
"Nada
como o sol", gritou Sting em Margarita, 1986.
E
o CD player no fundo dos olhos verdes de Margarita insiste em tocar.
"Water
of Love" para as sereias de Netuno, para as filhas de Iemanjá.
Tudo
ao mesmo tempo agora, Titãs, elétrico, cáustico. Morte ao acústico!
Ouço
o mar sugando os poros da areia, no gozo eterno do entardecer.
São
assim os textos de outono, descalços, incoerentes, "Water of Love",
livres.
Livres
como os anjos, centenas, sentados à nossa volta, fogueira acesa, aurora boreal.
Merecemos
a paz antiga e remota das auroras boreais que "Water of Love" evoca.
Evoco
anjos indígenas, evoco anjos ocidentais, evoco as Três Marias e o Cruzeiro. Inevitável
o banho de orvalho, olhos marejados, tudo aquilo que "Water of Love"
seduz.
Ouço
todos os mares, como se editados em estúdio digital.
E
eles estão aqui, atraídos pelo poder intuitivo de "Water of Love".
Vejo
o medo sentado, só, numa pedra distante.
Vejo
o medo do medo caído na arrebentação, pedindo punição.
Vejo
o medo do medo do medo...ora, "Water of Love" anistia todos os medos.
A
coragem é filha do amor sublime e supremo. A coragem é filha da música.
Um
satélite corta o orvalho da noite, beira-mar.
Peço
que ele arraste "Water of Love" e jogue no ar para o mundo ouvir.
Oiapoque
ao Chuí, via Quênia, Angra, Saquarema, Niterói.
O
anjo de alumínio nos diz que "Water of Love" já banha o mundo.
Internet.
"Ser feliz, o melhor lugar é ser
feliz", Caetano.
Caetano
zeloso em espalhar "Water of Love" como água benta.
Bonfim,
Senhor do Bonfim, como é bom beijar suas mãos.
Ao
som de "Water of Love", a canção que reelegi como minha, anos depois.
Agora.
Laura,
Beth and Me
1
Chicago,
Illinois, EUA – Sou
Charles. Anjo
45. Vivo num vácuo
inacessível.
Equívocos
existenciais fomentados pelos algozes da culpa. Vivo encapsulado
em meu inconsciente torpe. Temo a
rua, temo a
lua, temo
o sol. Escravo da culpa, eu
sou. Por
isso temo. Tudo.
Crime: amei. Amei como nenhum outro neste Ocidente. Preconceito
e perversão. Amei e fui amado por Laura e Beth. Há tempos já
passei dos 50, e quando Laura e Beth chegaram dei por encerrado meu
poema cáustico. Vida,
peça
dramática, dura, desolada. Quando desci de Chicago para Los Angeles
em boléias de caminhão, tentando reviver o que Jack Kerouac
despejou
em seu “On The Road”, percebi mais uma fraude. Eu não estava
fazendo uma viagem minha. A
dele, sim.
Vivi vidas alheias, emoções de segunda,
terceira mãos. Fraude, restos, migalhas afetivas.
2
Laura,
Beth and Me. Homenagem
a Neil and Jack and Me. Quem leu Jack Kerouac (“On The Road”)
sabe o que digo. Quem
ouve “Beat” do King Crimson, entende. E
desentende.
3
Havia
um lar. Laura e Beth. Poemas
disponíveis em minhas veias fechadas pela incompetência crônica
dos vadios. A elas dediquei todas as flores e o sereno que bebi em
Friburgo,
avenida Paulista, Bairro Peixoto. Me atirei no
abismo. Morno, confortável. Como homem, marido, amante, servo e
algoz. Laura e Beth abriram minhas janelas. Todas. World for Windows.
Emperradas pela “descoragem”, burocracia do medo. Medo de amar.
4
Néctar.
Gritos, gozo, marcas nas nucas, nas costas. De Laura, Beth and Me.
Fogos. A vera.
Laura tossia à
noite. Beth
maltrada pela coluna. Eu
afogado na culpa.
Laura e Beth me velavam, durante horas, horas, horas.
5
Chute
na porta. “Deitado no chão, vagabundo! Eu sou a sua morte!”. O
medo chegou. Acordei com a cabeça pesada, culpando a garrafa de rum
Varadero que bebemos na noite anterior. Impossível. Sempre tomávamos
rum Varadero nas noites anteriores. Mas é mais fácil culpar uma
garrafa de rum. Presídios estão cheios porque as garrafas estão
vazias? Só rindo.
6
Seis
da manhã. Cozinha,
café forte.
Xícara.
Janela. A
culpa presidia
um macabro
Tribunal montado na praça em frente. Meu
Vesúvio explodiu. Críticas, regras, posturas. Me vi réu. Sentado.
Mãos frias, cabeça baixa, raspada.
Réu por ser livre, réu por amar, réu por ser amado, réu por ser
bígamo, réu por não pensar, reú, réu, réu. Promotores,
promotores, promotores. Não há
advogados para
quem se condena.
7
Sem
acordar Laura e Beth fiz as malas e parti. Sem bilhete. Sem as
flores. Nada. O Nada saia sem deixar nada. Nem um verso. Um
beijo. História de amor sangrada em blues de abandono, covardia.
Como se Neal and Jack tivessem mesmo optado por Denver, Colorado em
“On The Road”. Parti. Zonzo? Sonso? Parti. Sem olhar para trás.
Vergonha da coragem, visivelmente desolada, balançando a cabeça.
Hoje leio sobre a liberdade na
internet.
Compulsivamente. Laura e Beth. Bocas mornas. Úmidas.
Guardiãs do
hedonismo radical. Amor,
amor, amor.
8
Desejo.
Seis da
manhã. Cidade
estranha essa
onde vivo há 15 anos. Cidade encravada num país sinistro,
desgovernado por uma versão country de Hitler. Nunca fui, mas por
causa dele odeio Nashville. Na cidade onde vivo nem rum Varadero
existe.
Como decretou o figurino, AI-5 social, casei. “É de bom tom”, sentenciou o Tribunal. Me divorciei. “A vida é assim mesmo”, martelou o Tribunal. Depois, a coragem me visitou. Conversamos três dias, três noites. Woodstock. Foi quando fiz três filhos, que não gostaria que fossem de Laura, Beth and Me. Mas, gosto que sejam de quem são.
Como decretou o figurino, AI-5 social, casei. “É de bom tom”, sentenciou o Tribunal. Me divorciei. “A vida é assim mesmo”, martelou o Tribunal. Depois, a coragem me visitou. Conversamos três dias, três noites. Woodstock. Foi quando fiz três filhos, que não gostaria que fossem de Laura, Beth and Me. Mas, gosto que sejam de quem são.
9
Janela.
Cidade escura. Neve. Carros lutando. Ela acaricia minha nuca, me
abraça por trás. Mãe de meus filhos. “Os fantasmas te acordaram,
mon cher?”. Ela lê meus neurotransmissores como sertralina. E o
seu cheiro me faz bem. Exodus,
Serenata,
Razapina.
É francesa, do sul. Nice. Jamais me deixou dormir só. Mesmo sob a
mais dura nevasca emocional. Ela resume Laura, Beth, and Me. Tem mais
essência, mais coragem, mais abrigo do que abismo. Pede que eu conte
a história. Mais uma vez. Eu conto. Reconto. Ela
beija. Beija e
diz “não foi desvio, mon cher. Foi vida. E já passou”. Eu digo
“ te amo, garota”. Parece que ela chora. Parece que de alegria.
10
Não
quero
rever Laura e Beth. Dor, mágoa. Devem
estar lendo
esse disparo, emocionado, puro e estéril como são os pedidos de
desculpas. Como o sêmen que inundou a nossa cama e o sopro de óleo
diesel que o vento traz da avenida principal. Laura e Beth, perdão
por me sentir feliz. “Seu sorriso me faz cambalear/ Seu beijo me
faz bandido / Seu amor é como heroína/ Vicia e amadurece / Não
pretendo parecer ridículo / Mas é como se um pouco fosse o
bastante”. (Pete Townshend em “A Little is Enough”) .
Visita a Memória
Acho que já comentei o assunto por aqui. Amigos tem uma
casa num lugar muito especial. Com frequência me convidam para passar o fim de
semana com eles lá. Até penso em ir, mas na hora H freio. Por que?
Porque no passado, ao longo de quase 10 anos, vivi
momentos intensamente felizes nesse lugar, que acabou ocupando uma galeria
nobre do meu, digamos, “museu existencial”. Alguém disse ou escreveu que não é
recomendável voltarmos a lugares onde fomos muito felizes porque são grandes as
possibilidades de frustração/decepção.com.br.
Como isso já aconteceu comigo em relação a uma cidade
do sul do Estado do Rio, prefiro manter o lugar onde os amigos tem casa
preservado. Agora, na Semana Santa, me convidaram mais uma vez e eu já não sei
mais que dizer para justificar minhas negativas, agravadas pelo fato de ter
encontrado na rua com uma pessoa que fez parte do tal passado feliz e que se
mostrou seca, afetivamente anêmica e levemente rancorosa com a vida.
Estou fora. O lugar virou santuário. Pelo menos para
mim.
A Travessia de Cassandra
1
O título deste artigo é meramente ilustrativo. Uma
homenagem inconsciente ao filmaço de 1976. Ficção sobre os terroristas que
espalham explosivos nos vagões de um trem de luxo. Cassandra é a ponte por onde
o trem vai (?) passar.
2
Mal dimensionada, projetada sob o signo da burrice
ampla, geral e irrestrita pelos golden boys da ditadura, a ponte Rio-Niterói
está prestes a explodir. Não por causa de bombas ou similares. Os
congestionamentos, cada vez mais monumentais, vão acabar provocando uma
explosão no trânsito.
Claro que a ponte deveria ter sido projetada com trens
passando por baixo. É lógico que a tal linha 4 do metrô, ligando o Rio a São
Gonçalo, já deveria estar funcionando, assim como linhas de barcas interligando
muitos bairros da Região Metropolitana, mas, os governos preferem mamar. E tome
chupeta, tome chupeta.
3
Acabei de revisar o restante da coluna aí embaixo e
está tudo OK. Nenhum tema defasado, programação em dia, enfim, deleitem-se
caros leitores. Quanto aos comentários, o espaço fica depois da última nota
intitulada “Amazon lança Kindle PaperWhite com tela touch no Brasil”. Sua
opinião é mais do que bem-vinda. É necessária.
4
Por causa de Cassandra, a nossa ponte, aliada as barcas
(que são do mesmo dono !.!.!.!), a vida cultural de Niterói minguou como bola
Perereca furada. Alguém ainda lembra da bola Perecera, que acabou proibida?
5
Ir a um simples cinema virou tarefa hercúlea para quem
mora em Niterói. Quem pensa em ir de carro para pegar uma sessão a noite (em
qualquer dia da semana) tem que lembrar que (des) graças as obras do Porto
Maravilha um novo congestionamento nasceu no sentido Rio. A partir de 3 e meia,
4 horas da tarde, começa o para e anda na altura do curvão da ponte. Barbárie
que se estende noite a dentro. Ou seja, quem vai de carro não chega no cinema
na hora.
6
Aí o niteroiense decide ir de barca. Simples, não é?
Supondo que ele more na Zona Sul da cidade, gasta 15 reais de táxi até a Praça
Araribóia, no Centro, onde paga mais R$ 4,80 (preço da barca a partir de terça,
dia 2) e na Praça 15 pega um táxi até um cinema na Zona Sul. OK, mais 20 reais.
7
O Cinemark de Botafogo custa R$ 19,00 e, até agora, o
incauto niteroiense já desembolsou R$ 58,80, sem pipoca, água, café ou
refrigerante.
8
Alguns leitores devem estar se perguntando porque o
infeliz foi ao cinema no Rio. Porque em Niterói só há salas em dois moquifos
chamados de shopping, onde estacionar é um suplício e ir a pé é pior ainda
pois, para forçar o cidadão a consumir, a trilha da entrada até os cinemas é
mais longa que Cassandra, a ponte homenageada por esse artigo. Além disso, a
programação dos cinemas é lamentável e, volta e meia um único filme, ruim, fica
em cartaz em cinco salas.
9
Ledo engano daqueles que pensam que, 60 reais depois, o
niteroienses terá resolvido seu problema ao chegar ao cinema. Ele tem que ficar
muito atento porque a lei do cão informa que só há barcas até meia noite. Ou seja,
se o sujeito vacilar e pegar um filme longo, terá que se submeter a uma lata de
banha que chamam de ônibus que faz a ligação Praça 15 – Praça Araribóia a mais
de 120 por hora em cima de Cassandra, a ponte.
10
Alguém e diz que existem ônibus ligando o Rio a
Niterói. Sim, existem, mas somem as 11 e meia da noite. Há opção do táxi? Há.
De Botafogo a Icarai paga-se 60 reais em média mais a ILEGAL taxa de retorno de
40% que os taxistas cobram surfando as ondas da impunidade. Ou seja, quem
quiser sentar num bar depois do cinema, vai morrer numa grana extra.
11
Ilhado, só me resta apelar para Tomas Portella, L.G.
Bayão, Renata de Almeida Magalhães, Sergio Sá Leitão e outros profissionais
ligados ao cinema para que façam uma campanha envolvendo empresários. Invistam
em salas aqui em Niterói!!!! Afinal, a primeira faculdade de cinema do pais
nasceu aqui, em 1969, criada por Nelson Pereira dos Santos. Mais: o Cine Art
UFF, em obras há quase quatro anos, foi o primeiro cinema digamos “cult” da
Região Metropolitana. Em suma, Niterói merece mais cinemas porque a quantidade
de locadoras de DVDs e Blu Ray indica que ainda é uma cidade de cinéfilos.
Música
Vazio,
mau gosto e baixaria na música brasileira
Andei pesquisando. Pesquisando muito, por sinal. Em nenhum momento de sua história a música brasileira esteve tão vazia e chula como agora. Impressionante!
Com muitos talentos sendo jogados no acostamento,
obrigados a disputar espaços alternativos, a boçalidade impera no mercadão de
uma maneira geral. De sertanejo universitário a pagode de shopping, nem para
adubar a terra a chamada “nova” musica popular brasileira presta.
Visitei os últimas anos de produção brasileira, reli
“Verdade Tropical”, livro-documento sobre a nossa cultura. Encontrei samba,
bolero, samba-canção, bossa nova, pilantragem, iê iê iê, rock, blues,
tropicália, enfim, em todos os últimos anos havia sempre uma boa vertente para o
consumo. Hoje, é terra arrasada.
Como o mercado é ditado pelo consumo, isso assusta. Assusta,
por exemplo, ver um DVD de bossa nova a R$ 9,90 nas lojas Americanas e os da
molambada a 50 reais. É dose.
O linchamento de Wilson Simonal
Como minha cidade (Niterói) está praticamente sem
cinemas, acabei pegando numa locadora o documentário “Ninguém Sabe o Duro que
Dei”, filme de Claudio Manoel, lançado em 2009, sobre a vida de Wilson Simonal.
Não consegui assistir na época do lançamento.
As informações sobre o “caso Simonal" mereciam uma
versão final e creio que diante de um filme deste (altíssimo) nível acabei
entendendo passo a passo o linchamento a que Simonal foi submetido, quando foi
acusado de dedo-duro em 1971, auge da ditadura militar.
Todos os entrevistados (Nelson Motta, Chico Anísio,
Sergio Cabral pai, Ziraldo, Jaguar, entre muitos outros) inocentaram Simonal. Ele teria mandado um amigo, agente do Dops, torturar seu contador acusado de
roubo. Em troca, o cantor teria dedurado vários artistas de participavam de
movimentos libertadores vistos como subversivos pela ditadura.
Nelson Motta disse que foi tudo um um absurdo e Chico Anísio
foi mais longe: “Se houvesse delação pelo menos um delatado teria vindo a
público confirmar. Ninguém apareceu até hoje”.
O contador também deu entrevista e disse que foi levado a
uma dependência do Dops para confessar um roubo que não aconteceu. Afirmou que foi
torturado e no final assinou a confissão. Mas, em nenhum momento ele falou em
deduragem.
Simonal acabou banido do mercado onde reinou (chegou a
comandar multidões de 30 mil pessoas em festivais no Maracanãzinho) como o ”rei
da pilantragem” e morreu no ostracismo no ano 2000. Comoventes os depoimentos
dos filhos Max de Castro e Wilson Simoninha
O fato de ser negro, assumidamente metido e rico mexeu com muita
gente. Pagou uma conta muito alta e absurda já que, como sabemos, o crime de
deduragem é inafiançável desde Judas. Um crime que, segundo todos os
entrevistados, Simonal não cometeu, mas que parte da imprensa da época disse
que sim e o condenou.
Verdades
e fofocas sobre Janis Joplin no Brasil
Janis Joplin estaria com 70 anos. Nasceu em 19 de
janeiro de 1943. Nas fotos ela aparece nas praias da Macumba e Copacabana.
Fato: Janis Joplin passou o carnaval de 1970 no Rio por
uma única razão: não havia heroína no Brasil e ela queria largar o vício. Em 4
de outubro daquele ano, oito meses depois, foi encontrada morta num hotel em
Hollywood, California. Overdose de heroína.
Boato: ela não esteve na Bahia e nem foi presa por
andar nua em Salvador.
Fato: ela foi expulsa do Copacabana Palace por nadar
nua na piscina.
Boato: não chegou a ser presa no Rio.
Fato: conheceu um fotógrafo brasileiro e ambos passaram
dias e noites no apartamento dele bebendo uma média de dois litros e meio de
Fogo Paulista por dia + anfetaminas + LSD + maconha.
Boato: ela não levou tombo de moto com Serguei.
Fato: Janis cantou, sim, em boates de quinta categoria
em Copacabana para plateias que jamais a tinham visto.
Boato: na época ela era relativamente desconhecida no
Brasil.
Fato: Janis era totalmente desconhecida por aqui. Só os
rockers mais atentos tinham seus discos.
Curta Janis:
Por
falar em fato e boato
Um dia desses li num jornal de atrocidades existenciais
que Caetano Veloso foi ao festival de Woodstock, em 1969. Mentira. Ele e Gil teriam ido ao festival da ilha de Wight, em 1970, onde essa foto teria sido feita.
Não conheço um só brasileiro que tenha estado em
Woodstock. Se o leitor souber de alguém, por favor me avise. Quero entrevistar.
Este
ano na Ilha
O festival acontece todos os anos na Ilha de Wight.
Neste 2013 vai acontecer de 13 a 16 de junho. Aos leitores que quiserem ir, boa
notícia: há ingressos disponíveis. Informações em http://www.isleofwightfestival.com
Entre outros, vão tocar Paul Weller (foto), Ian Hunter,
Steve Harley e Happy Mondays.
Ao
vivo em São Paulo: Caetano, Ziggy Marley, Peter Cetera, Burt Bacharach, Milton e Yes
O HSBC está com uma excelente programação em São Paulo:
Caetano Veloso, de 11 a 13 de abril as 22 horas; Ziggy
Marley, 14 de abril as 20 horas; Peter Cetera (fundador do Chicago), 19 de
abril as 22 horas; Burt Bacharach (foto), 20 de abril as 22 horas; Milton Nascimento,
26 de abril as 22 horas. Yes, 24 de maio as 22 horas (esgotado). Show extra dia
23;
Londres
terá loja especializada em Jimi Hendrix
Uma loja temática (é lógico) dedicada totalmente a Jimi
Hendrix irá abrir no Soho, Londres, em abril. A loja, que se situa no número 8
da Ganton Street, é um eco do lançamento do mais novo álbum póstumo de Jimi,
“People, Hell and Angels”, o álbum mais bem-sucedido do guitarrista nas paradas
dos EUA desde 1969.
Na loja, cujo o nome o site Whiplash teve a gentileza
de não publicar, o disco estará disponível junto com todo o catálogo de Hendrix
em CD e vinil, incluindo itens nunca antes lançados no Reino Unido. Mais: edições
raras, roupas, livros com letras e partituras e acessórios para guitarras, além
de uma exposição permanente do fotógrafo preferido de Hendrix, Gared Mankowitz.
Por
falar em Hendrix
Vale frequentar o site www.jimihendrix.com,
mantido por Janie, irmã dele. Vou lá pelo menos duas vezes por semana. Muita
coisa boa à venda.
Curta Hendrix:
David
Bowie sai do limbo
David Bowie voltou ao topo das paradas de álbuns
britânicas pela primeira vez em 20 anos, com uma coleção de novas gravações
aclamada pela crítica como o "maior retorno na história do
rock'n'roll". Exagero, é lógico.
Segundo a agência Reuters, "The Next Day",
gravado em segredo durante dois anos, disparou direto para o número um em sua
primeira semana de lançamento, vendendo mais de 94.000 cópias, para se tornar o
álbum vendido mais rapidamente de 2013, disse a Official Charts Company.
David
Gilmour aposentado?
Não. O mal entendido partiu de uma farpa de Roger
Waters ao comentar sobre a impossível volta do Pink Floyd. Ele disse que, entre
outros motivos, está o fato de David Gilmour(foto) ter pendurado a guitarra. “Está
aposentado, cuidando dos netos”, disse Waters.
Não é verdade. Gilmour está compondo, gravando e
tocando por aí. Quanto a volta do Pink Floyd fica cada vez mais impossível.
Curta Gilmour:
Curta Gilmour:
Gil
apresenta novo disco
Gilberto Gil esteve no Auditório do Ibirapuera, em São
Paulo, sexta-feira passada. Tocou os principais sucessos de seus 50 anos de
carreira, incluindo a genial “Domingo no Parque” e “Expresso 2222”.
A apresentação faz parte da turnê de divulgação do
disco mais recente do cantor baiano, “Concerto de Cordas e Máquinas de Ritmo”, lançado
no segundo semestre do ano passado. O trabalho, gravado em show ao vivo, traz
também a canção inédita “Eu Descobri”.
Jim
Morrisson em novo documentário
Enquanto estiver rendendo grana, o líder do Doors vai
continuar sendo bajulado. Segundo a Rolling Stone, “Before the End: Jim
Morrison Comes of Age” vai mostrar a vida do músico por completo, desde a
infância até a trágica morte, em julho de 1971, aos 27 anos de idade.
De acordo com o site Deadline.com, o documentário terá
entrevistas com membros da família de Morrison – que ele, em vida, alegava
estarem mortos –, inclusive o irmão Andy Morrison.
O longa, que ainda terá vídeos caseiros ainda inéditos
e fotografias, é liderado pela dupla de cineastas Jess e Jeff Finn, da
Z-Machine.
Morrison e o The Doors já protagonizaram uma numerosa
quantidade de documentários. O mais recente deles é “Mr. Mojo Risin': The Story
of L.A. Woman”, um filme lançado em janeiro de 2012 que mergulha no último
disco da banda.
E tem muito babaca que acredita que J.M. não morreu e
que estaria vivendo num mosteiro na Espanha.
Curta o Doors:
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Elton John e Morrissey cancelam shows
Por motivos de saúde, ambos interromperam suas turnês.
Morrissey (foto) está com pneumonia. A agência Associated Press não deu
detalhes sobre Elton, mas tudo indica que seja estafa.
Ringo
Starr voltará ao Brasil em novembro
O ex-Beatle Ringo Starr virá ao Brasil em novembro
desse ano, de acordo com Thiago Romariz do site Omelete. O músico tem uma turnê
sul-americana confirmada e São Paulo e Rio de Janeiro são seus prováveis
destinos por aqui.
Com a sua All-Starr Band, o músico vai percorrer, ainda, a Europa, Japão, Australia e Nova Zelândia, com clássicos de sua carreira e do
último disco, “Ringo 2012”.
Curta Ringo:
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Trilha
de documentário dirigido por Dave Grohl: parceria com estrelas
Dave Grohl é ambicioso. Segundo Gabriel Quintão, do
site Vírgula, além de ter tocado no Nirvana e no Queens of The Stone Age,
fundado o Foo Fighters e montado o projeto Them Crooked Vultures com John Paul
Jones (Led Zeppelin), Grohl montou um time espetacular para a trilha do
documentário Sound City, dirigido por ele.
Entre os
participantes estão Josh Homme (Queens of The Stone Age), Brad Wilk e Tim
Commerford (Rage Against The Machine), Corey Taylor (Slipknot) e Paul
McCartney, que gravou a faixa Cut Me Some Slack com Grohl, Krist Novoselic e
Pat Smear.
Quinto
disco do Strokes é lançado em site
O quinto disco do Strokes, "Comedown
machine", foi lançado por meio do site Pitchfork. As onze músicas da banda
americana estão disponíveis para audição por streaming. Ouça clicando neste
link: http://pitchfork.com/advance/48-comedown-machine
Formado por Julian Casablancas (vocal), Albert Hammond
Jr (guitarra), Nick Valensi (guitarra), Nikolai Fraiture (baixo) e Fabrizio
Moretti (bateria), o Strokes já lançou os álbuns "Is this it" (2001),
"Room on fire" (2003), "First impressions of earth" (2006)
e "Angles" (2011).
Cinema
Filme
sobre Steve Jobs tem estreia adiada, diz site
"Jobs”, que traz Ashton Kutcher como Steve Jobs,
teve sua estreia adiada. O filme sobre o co-fundador da Apple estava marcado
para estrear nos Estados Unidos em 19 de abril, data que marca o 37º
aniversário da criação da empresa. As informações são do site NME.
A produtora Five Star Films e a distribuidora Open Road
acham que não há tempo suficiente para criar uma boa estratégia de marketing
para garantir uma a bilheteria ao filme e decidiram adiar a estreia sem marcar
uma nova data.
A cinebiografia conta a história de Jobs desde a
faculdade ao seu sucesso como um dos maiores empreendedores do século 20.
Vida
de Freddie Mercury na telona
O filme sobre a vida de Freddie Mercury, que deve ser
estrelado por Sacha Baron Cohen, pode ter direção de Tom Hooper, indicado ao
Oscar por “Os Miseráveis”, segundo o site Sala de Notícias.
A trama deve se concentrar na formação do banda Queen,
nos anos 70, até o show no Live Aid, em 1985. O vocalista Freddie morreu em
1991 aos 45 anos.
O produtor Graham King já adquiriu os direitos do uso
de músicas como “Bohemian Rhapsody”, “We Will Rock You”, “We Are the
Champions”, “Another One Bites The Dust” e “You´re My Best Friend”.
Curta o Queen:
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Benicio
del Toro será o traficante Pablo Escobar em filme rodado no Panamá
O Panamá será o cenário das gravações do filme Paradise
Lost, que narra a história de um surfista que se apaixona, em viagem à
Colômbia, pela sobrinha do chefe do cartel de Medellín, Pablo Escobar.
O elenco é estrelado por Benicio del Toro - na pele do
perigoso narcotraficante - e Josh Hutcherson, que interpretará o protagonista
Nick, informou a Agência Efe.
Será?
Filme 'Let it be', dos Beatles, deve ser relançado este ano, diz diretor
Michael Lindsay-Hogg, diretor do longa "Let it
be", que mostra os bastidores da gravação do disco homônimo e traz a
última reunião da banda, revelou em entrevista ao site da revista
"Examiner" que o DVD com o filme deverá ser lançado em DVD este ano.
Hogg, que também dirigiu os especiais "The Rolling
Stones Rock and Roll Circus" e "Simon and Garfunkel: The Concert in
Central Park" (ambos para a TV), contou que a possibilidade de
relançamento tomou corpo depois de um encontro casual com Paul McCartney, anos
atrás.
"Nos encontramos num avião. Isso foi pouco antes
da morte de George. Por razões pessoais, George não atravessava tempos muito felizes
durante as filmagens de 'Let it be'. Ele estava prestes a deixar a banda,
seguir seu próprio caminho e coisas do tipo. E sabíamos que não haveria
relançamento enquanto ele estivesse vivo. Mas temos trabalhado nisso nos últimos
anos. E o plano, no momento, é lançá-lo, eu acho, em 2013", disse o
cineasta à publicação.
O diretor adiantou ainda como espera que o longa,
exibido originalmente nos cinemas em 1970, seja reeditado. "Será um DVD
duplo. O primeiro vai trazer o filme original. O segundo terá um documentário
com um making of. Quando lançamos 'Let it Be', tive que cortar um monte de
coisas. Este disco extra terá muitas dessas imagens".
Livros
Especial:
Neil Young – A Autobiografia. Um livro fundamental
Lenda do rock e do folk, criador do Buffalo Springfield,
líder da banda Crazy Horse, parceiro de Crosby, Nash e Stills, um dos maiores
guitarristas de todos os tempos e um dos músicos mais influentes de sua
geração. Ao longo do último meio século, o cantor e compositor canadense Neil
Young construiu uma carreira de sólido sucesso nos Estados Unidos e no resto do
planeta. O recente lançamento mundial de Neil Young – A autobiografia, no
entanto, revela uma personalidade multifacetada – para muito além do que os fãs
de sua música poderiam imaginar.
Colecionador de automóveis e especialista em modelismo
ferroviário (é dono de uma empresa do ramo), há anos Young investe e trabalha
num projeto de carro elétrico. Não qualquer carro, mas o chamado Lincvolt, um
gigantesco Lincoln Continental movido a energia renovável e limpa (Young sonha
em ser sustentável sem prejuízo para a paixão americana por carrões). O
compositor também desenvolve, às próprias custas, a PureTone, alternativa
digital à tecnologia dos MP3, capaz de distribuir música online e de proporcionar
para o consumidor final um som com qualidade similar à dos discos de vinil.
Young escreveu de próprio punho uma narrativa
fragmentada, com o vai e vem aleatório das recordações determinando a ordem em
que as histórias são apresentadas. É por meio desses flashes do passado, e por
constantes divagações do autor acerca do presente e do futuro, que o leitor
toma contato com essa impressionante diversidade de interesses do artista.
Da mesma maneira, episódios marcantes vêm à tona fora
de ordem cronológica, exclusivamente ao sabor da inspiração do momento. Os
parceiros na música, as grandes amizades, os amores, a paixão pela esposa Pegi
e pelos filhos Zeke, Ben e Amber, entre muitos outros temas, vão surgindo
conforme avança o fluxo da memória do autor. Como um pungente solo de guitarra
de Neil Young, sua autobiografia parece nos envolver e nos transportar para um
outro lugar, um outro tempo – o tempo do sonho hippie de paz, amor e
rock'n'roll.
Editora – Globo; Páginas – 408; Preço - R$ 35,00
Curta Neil Young:
Curta Neil Young:
"Cypherpunks
- Liberdade e o Futuro da Internet" - Julian Assange
É o primeiro livro de Julian Assange, editor chefe e
visionário por trás do Wikileaks. O livro é resultado de reflexões de Assange
com um grupo de pensadores rebeldes e ativistas que atuam nas linhas de frente
da batalha em defesa do ciberespaço (Jacob Appelbaum, Andy Müller-Maguhn e
Jérémie Zimmermann).
O livro reflete sobre a vigilância em massa, censura e
liberdade, mas o principal tema é o movimento cypherpunk, que faz uso da
criptografia como mecanismo de defesa dos indivíduos perante a apropriação e
uso bélico da internet pelos governos, Estados e empresas.
Os cypherpunks defendem a utilização da criptografia e
métodos similares como meios para provocar mudanças sociais e políticas. O
movimento teve início em 1990, atingiu o auge de suas atividades durante as
"criptoguerras" e, sobretudo, após a censura da Internet em 2011 na
Primavera Árabe. O termo cypherpunk, uma derivação (criptográfica) de cipher
(escrita cifrada) e punk, foi incluído no Oxford English Dictionary em 2006.
Editora - Boitempo; Páginas – 200; Preço – R$ 25,00
Cinquenta
Tons de Liberdade – James, EL
Quando a ingênua Anastasia Steele conheceu o jovem
empresário Christian Grey, teve início um sensual caso de amor que mudou a vida
dos dois irrevogavelmente.
Chocada, intrigada e, por fim, repelida pelas estranhas
exigências sexuais de Christian, Ana exige um comprometimento mais profundo.
Determinado a não perdê-la, ele concorda. Agora, Ana e Christian têm tudo:
amor, paixão, intimidade, riqueza e um mundo de possibilidades a sua frente.
Mas Ana sabe que o relacionamento não será fácil, e a
vida a dois reserva desafios que nenhum deles seria capaz de imaginar. Ana
precisa se ajustar ao mundo de opulência de Grey sem sacrificar sua identidade.
E ele precisa aprender a dominar seu impulso controlador e se livrar do que o
atormentava no passado. Quando parece que a força dessa união vai vencer
qualquer obstáculo, a malícia, o infortúnio e o destino conspiram para transformar
os piores medos de Ana em realidade.
Editora – Intrínseca; Páginas – 544; Preço: R$ 30,00
A
Caçada - Como os serviços de inteligência americanos encontraram Osama bin
Laden - Mark Bowden
Com acesso inédito a fontes-chave, incluindo o
presidente Barack Obama e importantes nomes da Casa Branca, da CIA e do
Pentágono, o jornalista descreve em detalhes a movimentação dentro das salas
onde as decisões foram tomadas, como também elucida pontos cruciais das ações
no Paquistão onde a morte do terrorista se desenrolou.
Editora – Objetiva; Páginas – 248; Preço - R$ 33,00
A
vida privada de Stálin - Lilly Marcou
Quem consegue imaginar o responsável pela morte de
milhões de pessoas e um dos personagens mais emblemáticos e polêmicos do século
XX como um homem dedicado à família e que gostava de reunir todos os familiares
em almoços no campo?
A autora revela um Stálin de carne e osso, ainda que
não menos vulnerável às acusações da posteridade. Por trás do líder carismático
que mobilizou nações e surpreendeu pares como Churchill e Roosevelt, um livro
que apresenta fatos novos, ilumina aspectos omitidos ou ignorados e esclarece
controvérsias, fazendo a ponte entre o rumor e a realidade.
Editora – Zahar; Páginas – 256; Preço – R$ 55,00.
DVDs
Box
- O Vigilante Rodoviário
Um verdadeiro clássico brasileiro, "O Vigilante
Rodoviário" foi a primeira série produzida no Brasil seguindo o formato
tradicional das séries norte-americanas. Começou a ser apresentada em março de
1961 pela TV Tupi.
Apresentando as aventuras do primeiro grande herói
nacional, o Inspetor Carlos e seu fiel
amigo Lobo, um cão pastor alemão. Sempre a bordo de seu carro-patrulha Simca
Chambord ou de sua Harley-Davidson eles perseguem infratores lutando contra o
crime e a injustiça, não medindo esforços para impor o rigor da lei.
Direção – Ary Fernandes; Distribuição - Spectra Filmes;
DVDs – 4; Preço; R$ 60,00
Xingu
Os irmãos Orlando (Felipe Camargo), Cláudio (João
Miguel) e Leonardo Villas Bôas (Caio Blat) resolvem trocar o conforto da vida
na cidade grande pela aventura de viver nas matas. Para isso, resolvem se
alistar no programa de expansão na região do Brasil central, incentivado pelo
governo.
Com enorme poder de persuação e afinidade com os
habitantes da floresta, os três se tornam referência nas relações com os povos
indígenas, vivenciando incríveis experiências, entre elas a eterna conquista do
Parque Nacional do Xingu.
Direção -Cao Hamburguer; Distribuição – Sony Pictures;
Preço – R$ 40,00
Supertramp
Live in Germany
Último concerto da banda com a formação original que o
consagrou no mundo todo. Nesse show Rick Davies e Roger Hodgson ainda dividiam
os vocais. Registro histórico.
A banda inicialmente chamava-se Daddy, tendo o nome
posteriormente alterado para Supertramp, que ao pé da letra quer dizer
"super mendigo", inspirado num livro de W.H. Davies, "The
Autobiography of a Super-Tramp".
Elvis - '68 Comeback - Special Edition
Um dos shows mais importantes da carreira de Elvis
Presley. Gravado no Honolulu International Center Arena em 14 de Janeiro de
1973, primeiro especial de TV de Elvis Presley, exibido para mais de 40 países
e assistido por aproximadamente 1.5 bilhão de pessoas no mundo todo.
O repertório inclui grandes sucessos além de extras com
galerias de fotos.
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Tecnologia
Amazon
lança Kindle PaperWhite com tela touch no Brasil
Mais de três meses depois de lançar sua loja online no
Brasil, a Amazon agora pretende ampliar a variedade de seus produtos para
atrair mais leitores brasileiros de livros digitais. Segundo o site Código
Fonte, já começaram as vendas do Kindle Paperwhite, que tem tela sensível ao
toque e alta resolução.
O e-reader foi
lançado nos Estados Unidos em setembro do ano passado.
A Amazon desenvolveu melhorias para o Kindle
PaperWhite, como boas resoluções, contraste e iluminação para a tela: de acordo
com a companhia, as imagens em preto e branco têm 62% mais pixels que a geração
anterior do Kindle. A tecnologia de iluminação também foi aprimorada para
evitar o cansaço ocular, são diversas camadas de vidro que compõem a tela e a
luz agora vem das laterais para baixo.
iOS
6.1.3 chega com correção para falha de segurança no iPhone
A Apple liberou o update iOS 6.1.3 que corrige uma
falha de segurança descoberta há pouco tempo que permitia acessar um iPhone 5
bloqueado, incluindo as seções de contatos e fotos do usuário. A informação é
do site Macworld.
Como acontece normalmente, é possível instalar o update
por meio da seção Software Update (Atualização de Software) no app Ajustes no
seu aparelho iOS. Outra opção é o modo “clássico” por meio do iTunes.
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