American Tune

Texto restaurado e remixado

Eventualmente ela não sai da minha cabeça e poros. “American Tune”, canção de Paul Simon de meados dos anos 70. Ouvi em CD, assisti no You Tube, voltei a ouvir, mas a fome parece não cessar. Por que? Porque de repente, aparentemente do nada, uma música nos pega e fica girando, girando, girando, como os antigos balões juninos, nos tempos menos perigosos dos balões juninos.

Claro que já pensei na hipótese de uma saudade remota, mas descartei. “American Tune” não flagra nenhum momento existencial grave, agudo, drástico ou lírico a ponto de me pegar, me jogar no sofá e ficar ouvindo, ouvindo, ouvindo, como se no teto dançassem auroras boreais.

Parece que não é só comigo. A música do acaso (por sinal, título de um magistral livro de Paul Auster), tem esse poder. Pega, mata e come, como um carcará. Eu só queria saber por que? Por isso, entrei aqui na Coluna para especular junto com vocês. O que acham desse fenômeno? É comum, incomum, surreal? O que é isso?

Escrevi ouvindo:
                                 

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