Crise nos serviços - a incompetência do Brasil (embaixo, leia "A Magia do Led Zeppelin")
Rolezinho em shopping.
Texto
restaurado e remixado
Não creio que o Brasil tenha passado por uma fase tão
incompetente como a atual. Em todos os setores. E o que mais irrita é a
passividade de todos nós, que pagamos caro para termos serviços e consideração
e recebemos em troca desserviços e total falta de respeito, coices.
O Detran do Estado do Rio inventou a vistoria anual dos
carros. Embolsa uma boa grana com isso. Só que as vítimas, também conhecidos
como cidadãos, durante algumas semanas do ano passado não conseguiam marcar a
tal vistoria porque a empresa que fazia o serviço por telefone foi dispensada.
Restava a única opção: agendamento pela internet. Você
entrava no site, clicava lá em vistoria e aparecia o aviso para aguardar porque
o sistema estava sobrecarregado. E quando conseguia entrar os postos de
vistoria estavam lotados, sem vagas. Aí você desistia, cai numa blitz, tinha o
carro rebocado sabe-se lá para onde, pagava uma nota de multa e ficava tudo por
isso mesmo graças a nossa lamentável índole passiva.
Meses atrás, entrei no site da operadora do meu celular
para consultar o saldo de pontos. Minha intenção era trocar de aparelho por um
mais novo. Não, nada de smartphone. Aparelho simples e bom para falar. Entrei e
estavam lá 23 mil 156 pontos. Ótimo. No dia seguinte fui ao um shopping em
Niterói, numa loja no andar de baixo, à esquerda de quem entra e a baranga da
operadora que me atendeu, coçando a virilha (só não cuspiu binga de cigarro
porque é proibido fumar ali) abriu a cloaca a disparou “olha, o senhor não tem
23 mil pontos, não. Tá aqui, ó: 470 pontos”
Adoraria não estar ali. Adoraria estar no Rink, praça
que fica ali perto, infestada de crackeiros, flanelinhas, bicheiros e similares
e muitos resolvem pequenos problemas na base da porrada. A Lei do Rink é a lei
do cão. Adoraria que aquela baranga fosse homem para eu devolver por sua goela
abaixo toda a baixaria que ela estava cometendo.
Mantendo a educação (isso faz mal a saúde, sabia?),
olhei para aquele suplício em forma de mulher e pedi “deixa eu ver o monitor?”.
A mula respondeu “não pode porque para ver o monitor você vai ter que vir pro
lado de cá do balcão e isso é proibido”. Antes de me transformar num babuíno
deixei aquele ogro, aquele javali falando sozinho e fui embora.
De casa liguei para a operadora e esperei 40 minutos
com o telefone na espera, consegui falar. A atendente confirmou que eu tinha 23
mil 156 pontos que inexplicavelmente sumiram. Garantiu que em 72 horas teria
uma solução para o caso. Eu disse a ela “senhora, solução para mim, neste caso,
são os 23 mil de volta”. Ela (educada, reconheço) disse que não poderia
garantir nada.
Ahhh, a lei do Rink. Final da história: consegui os 23 mil
pontos de volta, mas as regras do jogo mudaram e acabei tendo que pagar por um
celular novo.
Cheguei em casa e uma reportagem na TV informava que o
seguro obrigatório de automóveis também vai ser “reajustado” (palavrinha cínica
essa) para compensar “erros do passado”, as greves federais continuam e por aí
vai. O Brasil nunca foi tão Paraguai como atualmente. A incompetência se
esparrama por toda a nação. Ou virou “nassão” e não me avisaram?
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