Ex-vereador Carlos Magaldi, assassinado pela indolência administrativa que transforma Niterói numa pocilga

No início da tarde de ontem, o ex-vereador Carlos Magaldi (67 anos) foi assassinado no bairro de Camboinhas, Niterói. Dois bandidos a pé renderam Magaldi que, assustado, acelerou o carro e levou um tiro a queima roupa no pescoço. Morreu praticamente na hora.

Como tantos cidadãos de bem do Estado do Rio e da cidade de Niterói, onde a polícia está sucateada há anos, Magaldi foi vítima da indecência, da imoralidade, da falta de respeito das autoridades afogadas nessa politicalha suja de fazer marketing com vidas alheias. Todo mundo sabe que a cada UPP inaugurada no Rio, dezenas de bandidos migram para Niterói onde fazem o que querem, o que bem entendem e implantam a barbárie.

Toda a cidade está dominada pelos bandos que há anos partem da periferia do Rio, do Complexo do Alemão, da Maré, da Rocinha e tomaram morros como Preventório, Souza Soares, Estado, favela do Sabão. Aproveitando-se de um governo do Estado indolente e covarde a bandidagem tomou Niterói.

Ontem à tarde, apressado para um compromisso, fui “abordado” por um moleque de uns 20 anos que se auto intitula “morador de rua, vindo da Baixada” (ele me disse isso), tentou me achacar. Ele e sua quadrilha moram há mais de um mês numa calçada na esquina de ruas Pereira da Silva e Tavares de Macedo, em Icaraí, um dos mais caros IPTUs do país. O escroto me olhava como se a culpa de seu suporto flagelo fosse dos habitantes dessa cidade que está prestes a se transformar numa pocilga. Falei que não ia dar dinheiro nenhum. Ele atravessou a rua e tentou achacar uma senhora de idade. Fui atrás, acabei gritando com ele, ameaçando de porrada e com certeza ganhei um inimigo. Dane-se! A coisa chegou num nível que é bater ou morrer. Prefiro bater.

Também ontem, por Whatsapp, um amigo me dizia que tinha se atirado no chão do seu carro, as sete da noite, na estrada para Itaipu, perto da “comunidade” do Cantagalo (outro reduto de votos) localizada perto do cemitério Parque da Colina. Ele me disse que dois homens sem camisa atravessaram a estrada atirando a esmo. Isso mesmo, sem mais nem menos. Atiravam para cima, para os lados. Meu amigo se jogou no chão e ouvia os tiros sem nada poder fazer.

Estou indignado, furioso, por causa do Magaldi, do amigo no chão do carro, de um amigo-irmão Alex Mariano, e, principalmente, pela visível decadência da minha cidade, que divide pouco mais de 700 PMs com Maricá! Sim, o 12º. Batalhão da PM, que chegou a ter 1.700 militares em 1974 (antes da fusão) hoje tem 700 e poucos e racha com Maricá que, como Niterói, também e governada pelo PT.

O pior que essa barbárie está apenas começando.


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