A TV me ejetou e isso foi ótimo



Eu já não assistia muito televisão, mas com o crescente processo de imbecilização da mídia, cada vez perdia menos tempo em frente aquele moedor de carne e alma, vulgo telinha. Não o conheço, mas sequer posso ouvir a voz de Faustão, ou de Luciano Huck, que também nunca vi pessoalmente. Altas Horas ainda usa o slogan “vida inteligente na madrugada” (?????) e o Esquenta, nunca assisti.
Como a baranganização também começou a migrar para os canais por assinatura, mas sempre há honrosas exceções: Globonews, Canal Brasil, Curta, Arte 1, Bis, History, etc. Na internet muitos grandes portais abriram as pernas para a vulgaridade, acompanhando a onda da TV. Outros viraram usina de fofocas de supostas celebridades extraídas de novelas ou então de programas que nunca vi como um tal de “A Fazenda”. Só que, felizmente, a internet dá outras zaralhadas de opções e não ficamos reféns de coisa alguma.

Banido da TV pela própria TV, onde só assisto bons noticiários e alguns programas de qualidade como “Tá no ar, a TV na TV”, eu praticamente só assistia a filmes que me interessam e a novela das 9. Sou noveleiro desde “Pantanal”, na extinta TV Manchete, e não me envergonho por isso. Só que novela escraviza e eu quero mais é ir pra rua, ver a lua, conversar com meus amigos, etc. etc. etc.

Por isso, dentro desse meu decretinho pessoal, degolei as novelas. Meu lazer é a rua e quando venho para a internet navego no Facebook, o infinito You Tube, escrevo esta Coluna, enfim, adeus televisão.

Nos anos 1980 os Titãs gravaram uma música cujo refrão cai como vulva: “A televisão me deixou burro, muito burro demais”, que é a trilha de abertura do “Tá no Ar...”, programa do cacete, por sinal. Pura verdade. E como cantou Gilberto Gil “já que existe lua/ vai-se para a rua ver”. É o que vou fazer, sem mágoas, sem ressentimentos, apenas com aquela agradável sensação de existência sendo cumprida.

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