Jimi Hendrix, 45 anos depois






























                                                       Fotos postadas no Facebook
                                                       pelo amigo Paulo Renato Rocha.
                                                       Jimi Hendrix em Fehman,
                                                       Alemanha, 12 dias antes de morrer.
Sexta-feira, dia 18, o mundo (ou parte dele) vai lembrar dos 45 anos da morte de Jimi Hendrix, o maior e mais genial guitarrista de todos os tempos. Curiosamente, no mesmo dia, o maior festival de música do Brasil, o Rock in Rio, vai começar e não fará qualquer homenagem ou menção a Hendrix. Há quem me garanta que o staff do festival não sabe de quem se trata, o que faz sentido.

Na sexta-feira da meia noite até sábado seis da manhã vou tocar Hendrix direto em meu programa “Expresso da Madrugada” na Rádio Cult FM (www.radiocultfm.com) e enquanto selecionava as músicas senti e pensei muito. Não contarei a história da vida dele, que faria 73 anos em 27 de novembro, mas tocarei a sua música, seus discos, sua guitarra, sua voz falam sozinhas.

Hendrix não gostava de polêmicas e irritava os politicóides quando dizia que não acreditava em esquerda e direita e sim em homens do bem. Também chutava os racistas que cobravam dele uma atitude “em prol da negritude”. Ele afirmava que “não acredito em negros, brancos e pardos, acredito em gente que presta”. Em 1968 andando na rua em Nova Iorque foi abordado por um militante do grupo radical “Panteras Negras” que distribuía um jornalzinho.

Jimi pegou jornal e seguiu em frente. O cara foi atrás, pediu um tempo e disse que os Panteras estavam precisando de dinheiro e queria muito que Hendrix fizesse um show para arrecadar fundos. Jimi disse “faço sim, desde que na divulgação não apareça nada dizendo que o show será para os Panteras Negras. Não quero me associar a nada, absolutamente nada, que não seja a música. E assim foi feito. O show rolou, mas no material de divulgação nada foi dito.

De vez em quando ouço umas imbecilidades do gênero “ele vivia tocando com a guitarra desafinada”. Sim, mas tinha o talento de afinar tocando, ou essas emas não ouviram a célebre versão de “Hey Joe” que abre o concerto do Miami Pop Festival (1968, saiu em CD ano passado), quando ele afina a guitarra com os amplificadores Marshall no volume máximo, fazendo o que muitos julgam impossível?


Esse texto é só um convite: ouçam o EXPRESSO DA MADRUGADA – Especial Jimi Hendrix, sexta a meia noite. Ouçam o cara em várias versões e até em momentos raros. Vocês vão entender o verdadeiro significado da palavra gênio.

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