Gestapo

Nascida na Alemanha nazista, segundo o filósofo Luiz Felipe Pondé, a moléstia chamada politicamente correto, vulgo PC, voltou ao planeta a bordo dos varguardoides nos anos 90. Se tivesse surgido antes teria esquartejado Peter Sellers em via pública devido a seu "alto teor de liberdade criativa", considerado crime inafiançável e indefensável pela militância do PC.

Teria jogado no forno, também, Mel Brooks por ter escrito e dirigido e clássico do humor “Banzé no Oeste” e cerca de 90% da produção intelectual mundial (des) graças a seus regulamentos, regras, estatutos.

Não podemos chamar um branco de branco, um negro de negro. Num carnaval, em Minas, um casal resolveu se fantasiar de Aladdin e Jasmine e o seu filho de 2 anos de Abu, o macaco de estimação e um dos melhores amigos do personagem. O casal quase foi linchado porque a Gestapo do politicamente correto decretou que fantasiada de macaco, a criança estava sendo racista.

O PC tem vínculos uterinos com o império da corrupção e do jogo do bicho que comandam, também, o carnaval no Rio de Janeiro. Na Marques de Sapucaí o PC deixa rolar porque mama forte nas tetas da imundice, como bem mostra o livro “Os Porões da Contravenção – jogo do bicho e ditadura militar: a história da aliança que profissionalizou o crime organizado”, de Aloy Jupiara e Chico Otavio.

Foi o politicamente correto que inventou toda a geração de políticos que assola o país desde o início dos anos 90, alguns filhotes da famigerada UDN, um nefasto partido, União Democrática Nacional, cujo lema era uma frase e Thomas Jefferson: “"O preço da liberdade é a eterna vigilância". Com o apoio da UDN o presidente Jânio Quadros proibiu o uso de biquínis nas praias e piscinas de todo o país.

Em 1957, quando era governador de São Paulo, proibiu a execução de rock nos bailes no Estado de São Paulo por considerá-lo imoral e também os gritos de vendedores em feiras livres por achar que são assédio.

Em suma, o politicamente correto inventou o “desviver”, o desprazer, o “é proibido permitir”, jogando a sociedade num curral de perversidades moralistas, capaz de jogar numa máquina de moer carne todo o humor inteligente ainda disponível no planeta.

Até quando?



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