Temer

Michel Temer vivia no limbo político até o PT transformá-lo, duas vezes, em estafeta e vice-presidente de Dilma Rousseff. Até então pouca gente o conhecia no Brasil.

As razões que fizeram o PT colocar Temer na chapa de Dilma foram o trânsito dele junto ao chamado baixo clero do Congresso (parlamentares desconhecidos e medíocres, mas com votos) e os seus poderosos amigos e quase amigos como Eliseu Padilha, Romero Jucá, Moreira Franco, Renan Calheiros e outros. Gente capaz de “azeitar” as relações do Dilma-PT com o Congresso.

Habitante do Palácio do Planalto, Temer sabia de tudo o que acontecia. Tudo. Não se sabe do que foi ou se foi cúmplice de muita coisa. Mas um dia, cansado dos coices e do desprezo de Dilma-PT, turbinado pelos amigos e gurus como Eduardo Cunha, o estafeta se rebelou e escreveu uma carta aberta expondo o seu sentimento de rejeição em relaão a então presidente.

A partir daí sua relação com Dilma-PT azedou. Eduardo Cunha, então, insuflou Temer até o limite para que ele aderisse ao impeachment que iria varrer Dilma-PT da presidência. Impeachment dentro da Lei. Temer aderiu.

Com quase 80 anos, Temer virou presidente. Um presidente que tenta blindar os amigos do garrote da Justiça escondendo-os no primeiro escalão, habitado pelo escroque “foro privilegiado”. Torce todos os dias para que o processo envolvendo ilegalidades de sua chapa com Dilma não o degole.

Aqui e ali grita-se “Fora Temer”. Eu também gritaria caso não assumisse seu lugar, em caso de impeachment, o genro de Moreira Franco, Rodrigo Maia (presidente da Câmara dos Deputados) ou, na sequência, o misterioso presidente do Senado Eunício Oliveira.


É isso aí.

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